O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem intenção de recuperar judicialmente as empresas frigoríficas, de acordo com o presidente da instituição, Luciano Coutinho. "Isso nos interessa, mas não quer dizer que vamos salvar os controladores ou as empresas a qualquer custo. A recuperação será dentro da lei", argumentou Coutinho.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem intenção de recuperar judicialmente as empresas frigoríficas, de acordo com o presidente da instituição, Luciano Coutinho. “Isso nos interessa, mas não quer dizer que vamos salvar os controladores ou as empresas a qualquer custo. A recuperação será dentro da lei”, argumentou Coutinho, durante audiência pública conjunta, no Senado, das comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), de Serviços de Infraestrutura (CI), de Assuntos Econômicos (CAE), de Assuntos Sociais (CAS) e de acompanhamento da crise financeira e empregabilidade.
O argumento de Coutinho para a ajuda ao setor é o de que essas empresas são muito valiosas para serem abandonadas. “Estamos apoiando o processo de recuperação, atraindo investidores para que eles possam recuperar as empresas”, explicou. Além disso, segundo ele, o BNDES tem oferecido linhas de crédito para os frigoríficos que estão solventes.
“Para as empresas que têm problema de liquidez, temos obrigação de emprestar dinheiro. Estamos trabalhando com credores a respeito de um plano de negócios para que investidores possam assumir o negócio”, disse. O presidente do BNDES foi duro em relação aos proprietários dos frigoríficos com problemas de solvência.
Continho disse que as críticas à atuação do BNDES em relação à sua atuação na agricultura são feitas por quem desconhece o assunto. De acordo com ele, o setor recebeu no ano passado aproximadamente R$ 25 bilhões de recursos do BNDES, o que significaria um crescimento 63% em relação ao ano anterior.
“Após a crise, estamos mantendo o crescimento”, disse Coutinho. Nos primeiros meses deste ano, segundo ele, o setor agrícola como um todo já recebeu R$ 17 bilhões. “O banco tem sido ativo no suporte à agricultura”, acrescentou.
As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.