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BNDES: Rio+20 deve associar desenvolvimento sustentável com recuperação da crise econômica

No fundo, Lyrio e Coutinho enxergam no momento de reconstrução econômica e revisão de modelos gerado pela crise uma oportunidade para incutir conceitos do desenvolvimento sustentável na retomada pós-crise. O presidente do BNDES defende que o caminho para o sucesso da Rio+20 na construção de consensos concretos seja associar o desenvolvimento sustentável com a agenda da recuperação da crise.

A crise econômica internacional representa uma ameaça à ambição dos líderes mundiais na Rio+20, mas também pode dar à Conferência uma relevância estratégica maior, avaliam autoridades brasileiras. “É um momento muito delicado, no qual as economias desenvolvidas resistem à recessão, o que reduz a flexibilidade para contribuírem com ações para a sustentabilidade global”, avalia o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que palestrou (11/jun) na Conferência Ethos, em São Paulo.

Por outro lado, a crise exige a busca por respostas que podem ser encontradas no desenvolvimento sustentável. “A crise econômica é uma oportunidade, porque se associa às crises social e ambiental e mostra que os modelos de desenvolvimento atuais não se sustentam”, diz o assessor especial do Ministério do Meio Ambiente para a Rio+20, Fernando Lyrio.

No fundo, Lyrio e Coutinho enxergam no momento de reconstrução econômica e revisão de modelos gerado pela crise uma oportunidade para incutir conceitos do desenvolvimento sustentável na retomada pós-crise. O presidente do BNDES defende que o caminho para o sucesso da Rio+20 na construção de consensos concretos seja associar o desenvolvimento sustentável com a agenda da recuperação da crise.

Segundo Coutinho há uma negociação de um grupo de 19 bancos de desenvolvimento dos cinco continentes de chegar a um compromisso conjunto na Rio+20, estabelecendo padrões de sustentabilidade relacionados à concessão de crédito. O poder da Rio+20 em puxar para si as respostas para a crise atual é incerto, e dependerá em grande parte dos resultados da reunião do G-20, grupo das principais potências do mundo, no México, na próxima semana. “A crise econômica exige respostas de curto prazo, mas a Rio+20 é olhar para o longo prazo”, diz Lyrio.

A própria criação do G-20 está relacionada à necessidade de respostas mais rápidas do que as geradas pelas instâncias das Organizações das Nações Unidas. Por isso o Brasil defende que o G-20 fique responsável pela definição das ações de curto prazo e que as conferências de desenvolvimento sustentável da ONU, a partir da Rio+20, pensem o longo prazo.

Fonte: Sou Agro, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

 

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