Dados preliminares do Censo de Confinamento 2025 da dsm-firmenich mostram que o Brasil deve confinar 8,53 milhões de cabeças de gado, o que representa um crescimento de 7,1% em comparação com 2024. O levantamento, realizado com apoio de cerca de 800 técnicos de campo, confirma a consolidação da pecuária intensiva no País e a adoção crescente de tecnologias voltadas à produtividade e rentabilidade.
Os Estados com maior volume de animais confinados serão Mato Grosso (2,1 milhões de cabeças, alta de 23,5%), São Paulo (1,34 milhão, +3,8%) e Goiás (1,1 milhão, queda de 1,5%). Mato Grosso do Sul e Minas Gerais também aparecem entre os maiores confinadores, com 957 mil (+6,7%) e 740 mil (–7,2%) cabeças, respectivamente.
“A gente vê que o ciclo pecuário está em seu momento de grande expansão em 2025”, afirmou o gerente de Confinamento para a América Latina da dsm-firmenich, Walter Patrizi, durante a apresentação dos resultados. Segundo ele, os preços da carne no varejo, da carcaça no atacado e do boi gordo caminham para romper as máximas de 2022, puxando também os valores pagos pelos bezerros.
Os dados também indicam uma consolidação do setor. “Hoje, os top 100 maiores confinamentos já detêm 48% do rebanho confinado no Brasil”, disse Patrizi. Essa concentração reflete a expansão dos grandes confinamentos, principalmente os com mais de 10 mil cabeças, que vêm crescendo de forma consistente, enquanto estruturas menores mostram estabilidade ou retração.
A análise dos custos e receitas desde 2018 mostra que 2022 e 2023 foram anos desafiadores para o confinamento, com margens negativas na média. Mas o cenário já mudou. “A partir do segundo semestre de 2024, vimos uma retomada dos resultados e, para 2025, a expectativa é de desempenho acima da média histórica”, explicou.
Fonte: Estadão.