Após fortes quedas consecutivas, os preços da arroba do boi gordo parecem ter se acomodado um pouco. A resistência dos produtores em vender nos preços atuais e a proximidade do final de abril, que coincidirá com o feriado prolongado do Dia do Trabalho e logo depois o dia das Mães - duas ocasiões em que o consumo deve ser melhor - devem dar mais sustentação aos preços do boi gordo.
Após fortes quedas consecutivas, os preços da arroba do boi gordo parecem ter se acomodado um pouco. A resistência dos produtores em vender nos preços atuais – após 5 dias de recuo – e a proximidade do final de abril, que coincidirá com o feriado prolongado do Dia do Trabalho e logo depois o dia das Mães – duas ocasiões em que o consumo deve ser melhor – devem dar mais sustentação aos preços do boi gordo.
Na sexta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 79,16/@, com variação negativa de R$ 0,05. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 0,02, fechando a semana a R$ 80,07/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Os mercados mundiais encerram a semana passada em tom positivo, focando alguns resultados corporativos acima do previsto e bons indicadores dos Estados Unidos. O dólar recuou durante toda a sexta-feira, rompendo para baixo a casa dos R$ 2,20. A moeda norte-americana fechou com queda de 0,79%, negociada a R$ 2,1925.
A BM&FBovespa terminou a sexta-feira em alta e apenas o primeiro vencimento, abril/09, – que será liquidado na próxima quinta-feira – registrou variação negativa (-R$ 0,10), fechando a R$ 78,85/@. Os contratos com vencimento em maio/09 fecharam a R$ 77,49/@, com variação de +R$ 0,21. Outubro/09 teve valorização de R$ 0,38, fechando a R$ 84,30/@.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 24/04/09
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para maio/09
No mercado físico, o volume de negócios diminuiu um pouco em relação ao início da semana passada, quando a oferta dava sinais de melhora, assim os frigoríficos conseguiram apenas manter as escalas que na média atendem a uma semana. No MS, a seca é mais intensa forçando vendas maiores, assim as escalas do Estado alongaram mais do que em outras regiões e giram entorno dos 8 dias. Diante dos preços mais baixos e piores condições para realizar a reposição muitos pecuarista preferem evitar negociações neste momento enxugando um pouco o mercado, dessa forma não observamos alterações muito significativas nos preços da arroba.
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
No atacado da carne, o traseiro foi cotado a R$ 6,00, o dianteiro a R$ 4,30 e a ponta de agulha a R$ 4,00. Dessa forma o equivalente físico permaneceu estável em R$ 76,16/@. O spread (diferença) entre indicador e equivalente recuou para R$ 3,01/@, já que preço da arroba do boi gordo pago ao produtor apresentou um leve recuo de 0,06%. Vale ressaltar que este valor está bem abaixo da média dos últimos 12 meses que é de R$ 6,39/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 662,07/cabeça, com recuo de R$ 1,83. Porém na semana a variação acumulada foi de R$ 2,05, uma alta de 0,31%. A relação de troca permaneceu em 1:1,97. Clique aqui e leia mais sobre o mercado de reposição e os recuos da relação de troca.
André Camargo, Equipe BeefPoint