Mercado físico do boi gordo – 03-09-2013
4 de setembro de 2013
Mercado físico da vaca gorda – 03-09-2013
4 de setembro de 2013

Boi gordo da Argentina é o mais caro do Mercosul

Nos últimos dez dias, as cotações do novilho nos países pecuaristas do Mercosul apresentaram pequenas variações vinculadas fundamentalmente ao aumento do dólar com relação às moedas locais, mais do que devido a fenômenos próprios da pecuária.

Nos últimos dez dias, as cotações do novilho nos países pecuaristas do Mercosul apresentaram pequenas variações vinculadas fundamentalmente ao aumento do dólar com relação às moedas locais, mais do que devido a fenômenos próprios da pecuária.

Os preços em dólares se reduziram no Brasil, no Paraguai e, especialmente, no Uruguai. No entanto, na Argentina tiveram um ligeiro aumento, o que coloca novamente esse mercado como o mais caro da região, considerando o dólar oficial e as regulamentações.

O acompanhamento do valor do novilho gordo na região realizado pelo site argentino Valor Carne é uma forma de estimar a competitividade exportadora de cada um dos quatro países pecuaristas do Mercosul. Os preços são calculados de acordo com a média paga pela categoria, dividido pelo tipo de câmbio entre as moedas locais e o dólar americano.

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No caso da Argentina, na primeira barra se considera o custo da matéria-prima para um frigorifico, considerando o tipo de câmbio oficial, as tarifas de exportação de 15% e a influência média do esquema de “carne barata”. No entanto, na barra seguinte, mostra-se o rendimento do produtor medido segundo a cotação do mercado paralelo de câmbios.

No Brasil, Paraguai e Uruguai, países que não têm essas distorções nem a brecha entre o mercado cambiário oficial e o informal, ambos os valores coincidem.

Essa questão é muito importante, pois no seminário da Universidade Católica Argentina, organizado pelo Centro de Consignatários de Produtos do País e pelo Mercado de Liniers, o especialista americano, John Anderson, do American Farm Bureau, destacou que os preços internos da carne bovina (em seu país) estão nos níveis mais altos da história e seguirão firmes pela demanda de biocombustíveis. Esse panorama, somado ao baixo crescimento econômico, está levando a uma queda de consumo: dos 30 quilos por habitante por ano, registrados em 2006, projetam-se 25 quilos para 2014. Além de comer mais frango, as pessoas estão se voltando aos cortes bovinos mais baratos.

Como impulsionar o consumo de carnes de alto valor, quando os outros países desenvolvidos também têm crescimento baixo ou nulo? No futuro, o país vai depender muito mais das vendas externas. A China, entre outros países asiáticos, será um mercado muito importante para a carne bovina americana. O desafio está em desenvolvê-los e satisfazê-los, prognosticou Anderson.

Fonte: Valor Carne Argentina, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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