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Boi gordo: diferença entre mínimo e máximo aumenta até 200% em um mês

Nesta terça, 17, a diferença média entre mínimos e máximos, considerando-se valores à vista nas regiões divulgadas pelo Cepea ficou por volta de R$ 3,00/@. A menor diferença foi registrada no Rio Grande do Sul, de R$ 1,05/@. Já nas regiões de Goiânia e de Presidente Prudente, a distância entre o menor e o maior valor que compuseram a amostra final do dia – obtida após a aplicação dos critérios estatísticos que excluem valores muitos discrepantes – passou dos R$5,00/@.

A grande disparidade de preços de negócios efetivados tem chamado a atenção. Nesta terça, 17, a diferença média entre mínimos e máximos, considerando-se valores à vista (prazos descontados pela taxa CDI) nas regiões divulgadas pelo Cepea ficou por volta de R$ 3,00/@. A menor diferença foi registrada no Rio Grande do Sul, de R$ 1,05/@. Já nas regiões de Goiânia e de Presidente Prudente, a distância entre o menor e o maior valor que compuseram a amostra final do dia – obtida após a aplicação dos critérios estatísticos que excluem valores muitos discrepantes – passou dos R$5,00/@.

Em comparação ao dia 18 do mês passado, a distância entre os preços aumentou sensivelmente em 9 das 16 praças divulgadas pelo Cepea. Nas regiões de São José do Rio Preto, Bauru e Colider, a diferença aumentou mais de 200%. Já nas regiões onde mínimos e máximos estão mais próximos do que há um mês, a diminuição média da diferença é de 37%. Estão neste grupo Araçatuba, Três Lagoas, Campo Grande, Dourados, Rio Verde, Rondônia e Rio Grande do Sul.

Além de os volumes demandados e ofertados, ou seja, da necessidade de compra e de venda, variarem muito, também a heterogeneidade dos animais, as condições de pagamento e de entrega e ainda o perfil do comprador e do vendedor têm resultado em fechamento a preços tão distintos.

As variações dos volumes ofertados decorrem principalmente da disponibilidade de lotes confinados, que vão chegando ao mercado à medida que vão ficando prontos. Parte desses animais, no entanto, já foi vendida antecipadamente, o que evita concentração da oferta aos compradores do spot.

A demanda, por sua vez, altera-se com base no volume e período de recebimento de animais contratados ou terminando pela própria indústria e também no ritmo de vendas de carne no atacado.

Com o mercado pecuário operando em ritmo lento e sob forte pressão da ponta compradora, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa fechou abaixo dos R$ 91,00 nessa terça, a R$ 90,93, com variação acumulada negativa de 1,24% em sete dias. Modo geral, os valores que a indústria tem oferecido aos pecuaristas têm desanimado esses agentes.

O preço do bezerro nelore, de 8 a 12 meses, negociado no estado de Mato Grosso do Sul, considerado para o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa avançou 1,38% entre os dias 10 e 17 de julho, fechando a R$ 706,35 nessa terça-feira, 17. A média do bezerro São Paulo também registrou variação positiva de 0,98% e fechou a R$ 711,34 nessa terça. No segmento de boi magro, apesar do interesse menor de compra, os preços médios têm se sustentado.

No mercado atacadista da carne com osso na Grande São Paulo, o preço médio do traseiro teve alguma recuperação nos últimos sete dias, mas a ponta de agulha e o dianteiro desvalorizaram. Com ganho de 1,43%, o preço médio do traseiro com osso foi de R$ 7,10/kg na terça. O dianteiro e a ponta de agulha do boi recuaram 0,58% e 2,21%, com preços médios a prazo a R$ 5,17/kg e a R$ 4,43/kg, respectivamente. Assim, a carcaça casa do boi nessa terça-feira fechou a R$ 5,99/kg, reagindo 0,34%. A carcaça casada da vaca avançou ligeiro 0,18%, passando para R$ 5,56/kg.

Quanto às carnes substitutas, a carcaça comum suína reagiu 4,34% desde a terça passada, com média de R$ 3,24/kg nesta terça. Para o frango resfriado, houve leve recuo de 0,81% nos últimos sete dias, com o quilo passando para R$ 2,72 – ambos no atacado da Grande SP.

Fonte: Bloomberg, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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