O mercado do boi gordo segue pressionado e com escalas confortáveis compradores permanecem com pouco interesse pelas compras. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 82,29/@, com desvalorização de R$ 1,27. O indicador a prazo apresentou recuo de R$ 1,12, sendo cotado a R$ 83,56/@.
O mercado do boi gordo segue pressionado e com escalas confortáveis compradores permanecem com pouco interesse pelas compras. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 82,29/@, com desvalorização de R$ 1,27. O indicador a prazo apresentou recuo de R$ 1,12, sendo cotado a R$ 83,56/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
No mercado futuro, todos os vencimentos fecharam em baixa, com forte recuo. Dezembro/08 teve queda de R$ 1,44, fechando a R$ 79,56/@, com 1.227 contratos negociados e 5.028 contratos em aberto. Os contratos que vencem em janeiro/09 fecharam a R$ 75,99/@, com desvalorização de R$ 2,30. O vencimento maio/09 registrou queda de R$ 2,57, fechando a R$ 73,93/@.
Segundo Rodrigo Brolo, broker da TradeWire Brazil, “o mercado físico desandou de vez. Com a maioria dos frigoríficos tendo suas escalas fechadas até o final do ano, o pecuarista agora nem sequer negocia preço. A preocupação é tentar de alguma forma encaixar boi na escala, e preço qualquer um que aparecer tá valendo. Em São Paulo pipoca para todo lado negócios a R$80,00/@ para descontar e no Mato Grosso do Sul a R$75,00/@”.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 09/12/08
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para janeiro/09
Após se adequarem à menor demanda por carne, tanto no mercado externo quanto no mercado interno, os frigoríficos conseguiram alongar suas escalas e pressionam os preços da arroba, que vem caindo dia após dia. Os compradores demonstram pouco interesse pelas compras e muitos permanecem fora do mercado, compra apenas o necessário para manter as escalas, assim as cotações da arroba apresentam retração em muitas praças.
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
No atacado os preços permanecem estáveis, com o traseiro cotado a R$ 7,00, o dianteiro a R$ 3,80 e a ponta de agulha a R$ 4,30. O equivalente físico foi calculado em R$ 81,02/@. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente recuou novamente, ficando em R$ 1,28, valor bem abaixo da média dos últimos 12 meses que é de R$ 8,00/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 660,30/cabeça, recuo de R$ 5,55. Apesar do recuo de 4,48% no preço do bezerro, na semana, a relação de troca caiu para 1:2,06 em vista do forte recuo registrado também no indicador de boi gordo.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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É impressionante como os pecuaristas ficam totalmente nas mãos dos frigoríficos.
Se os preços continuarem do jeito que vai indo, daqui a pouco o equivalente físico vai ser suficiente para pagar a arroba do boi. O resto vai ser só lucro!
Do Uruguai seguem entrando cerca de 400 a 500 cabeças por dia no RS para abate nos frigorificos Silva e Mercosul e também para o Friboi, este levando para o Paraná.
Os preços do Boi Gordo U$ 0,88 e da Vaca U$ 0,70. Visto isto chegamos ao preço em reais do boi a R$ 2,20 e a vaca R$ 1,75 o que apesar das taxas aduaneiras ainda chegam abaixo do que estamos vendendo no RS, o boi está R$ 2,50 e a vaca R$ 2,30.
A pergunta que se faz é: até quando eles poderão mandar gado em pé para nosso pais? Sendo que os nossos animais não podem ingressar no seu território e eles tiveram centenas de casos de aftosa.
Até quando o Brasil vai ser a mãe bondosa para o Mercosul? Até quando vamos aguentar Equador negar as contas e agora até Paraguai está querenda dar calote.