Nesta quarta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 80,49/@, recuo de R$ 1,80. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 1,91, sendo cotado a R$ 81,65/@, desde o início de dezembro a variação acumulada já é de -7,27%.
Nesta quarta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 80,49/@, recuo de R$ 1,80. O indicador a prazo teve desvalorização de R$ 1,91, sendo cotado a R$ 81,65/@, desde o início de dezembro a variação acumulada já é de -7,27%.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
A BM&FBovespa fechou mais um dia em queda. O primeiro vencimento, dezembro/08, teve desvalorização de R$ 1,44, fechando a R$ 78,12/@, com 1.778 contratos negociados e 5.090 contratos em aberto. Os contratos que vencem em janeiro/09 fecharam a R$ 73,95/@, registrando a maior variação do dia, -R$ 2,04. Fevereiro/09 fechou a R$ 74,50/@, com recuo de R$ 2,00.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 10/12/08
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para dezembro/08
O mercado físico continua pressionado, com escalas praticamente fechadas até o final do ano e dificuldade para escoar a produção, os frigoríficos raramente aceitam negociar e continuam forçando novos recuos no preço da arroba. A oferta de animais prontos para o abate não aumentou de forma tão significante, mas o consumo segue bastante retraído. Agentes do mercado consultados pelo BeefPoint acreditam que é necessário aumentar a exportação para dar mais folego ao mercado. “O dólar precisa ficar neste patamar e o volume exportado precisa crescer para dar mais sustentação aos preços da arroba”, comentou um comprador consultado pelo BeefPoint.
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
No atacado, o traseiro permaneceu estável em R$ 7,00, enquanto o dianteiro (R$ 3,80) e a ponta de agulha (R$ 4,10) apresentaram recuo. O equivalente físico foi calculado em R$ 80,04/@. Com indicador de boi gordo registrando queda de 2,19%, o spread (diferença) entre indicador e equivalente caiu para R$ 0,45/@, menor valor desde dezembro de 2006.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista continua em baixa, sendo cotado a R$ 656,12/cabeça (-R$ 4,18), desde o início do mês a desvalorização acumulada é de 5,27%. A relação de troca caiu para 1:2,02.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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Nós pecuaristas como sempre, somos o elo mais fraco da corrente, toda essa conjuntura internacional de crise não trabalha sozinha como variável de “queda livre” da arroba, outras variáveis que ficam engasgadas em nossa mente, são muito mais eficazes para que o mesmo ocorra.
Sito apenas uma, importantíssima que meu caro colega à cima deu uma pincelada, o spread (leia-se a diferença de preço paga à venda da carne no atacado e ao produtor) nunca teve tão baixo, R$ 0,45/@, menor valor desde dezembro de 2006.
Isso significa que, sendo a média do spread em torno de R$ 7,00/@ ou 8,00/@ reais nos últimos 12 meses, e agora com menos de cinquenta centavos, a margem dos frigoríficos nunca teve tão folgada para se trabalhar desde 2006, não obstante, significa que os mesmos tem pelo menos R$ 6,00 ou 7,00 reais a mais de margem para poderem remunerar os produtores que já vem sofrendo muito com tempos de crise, e agora época comum de alta, época de reestruturação e foratalecimento do nosso setor, estamos passando por uma nova crise na pecuária. Não é justo que nós que temos pouca barganha na comercialização de nossos produtos, sejamos sempre explorados.
Só quero alertar que pecuaristas fortes repõem o seu gado e aumenta sua produtividade, e pecuaristas explorados diminuem seus lotes prejudicando lá na frente o mercado como um todo, temos que trabalhar com a política do ganha – ganha, esse alerta vai também para as redes de varejo, pois na atual conjuntura os preços devem cair no mercado, para que esse déficit da exportação seja facilmente consumido pelo mercado interno, mas isso começa primeiro pelo atacado, depois pelas redes de supermercados, uma vez, que na fazenda o preço da carne já começou cair com força total e essa inércia nunca é acompanhada no atacado e no varejo.
Torço sempre para que nosso setor (primário, na industria e no comércio) seja forte, e para isso o primário é fundamental, não adianta termos o secundário como potência, se não tivermos matéria prima para atende-lo, portanto temos que nos ajudar.
Obrigado a todos que tiveram a paciência de ler esse artigo.