O indicador teve nova baixa nesta segunda-feira. O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista recuou R$ 0,11, sendo cotado a R$ 77,19/@. O indicador a prazo foi cotado a R$ 77,98/@, desvalorização de R$ 0,19. Na BM&F, todos os vencimentos fecharam em baixa. Frigoríficos comentam aumento na oferta e maior tranquilidade na compra e tentam impor recuos nos preços da arroba, mas as escalas evoluem lentamente.
A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) alertou que a produção de biocombustíveis pode colocar em risco o acesso a alimentos pelos setores sociais mais pobres da América Latina e do Caribe. “Isso [expansão dos biocombustíveis] pode ocasionar mudanças na demanda, no comércio exterior, na destinação de insumos produtivos -terra, água, capital etc.- e, finalmente, um aumento nos preços dos cultivos energéticos e tradicionais, pondo em risco o acesso aos alimentos para os setores mais pobres”, diz trecho do documento da organização que foi discutido no primeiro dia da 30ª Conferência Regional da FAO para América Latina e Caribe, que vai até sexta-feira no Itamaraty, em Brasília.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o relator especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, foi mais duro considerando que a produção em massa de biocombustíveis é um crime contra a humanidade.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, rebateu as declarações. “A preocupação em torno dos biocombustíveis não se aplica ao Brasil, mas à Europa e aos Estados Unidos que têm a produção agrícola distorcida, de um modo geral, por conta do grau de subsídios utilizados nestes países”, diz Stephanes.
Segundo comunicado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil tem extensas áreas disponíveis para o cultivo de matéria-prima destinada aos biocombustíveis, sem para isso, prejudicar a produção de alimentos básicos. No caso da cana-de-açúcar, a matéria-prima utilizada na produção de etanol, a plantação do produto representa menos de 1% da produção total agrícola brasileira. Além disso, a expansão da cana está ocorrendo em áreas de pastagens subaproveitadas, que não concorrem com a produção de alimentos.
O boi gordo teve nova baixa nesta segunda-feira. O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista recuou R$ 0,11, sendo cotado a R$ 77,19/@. O indicador a prazo foi cotado a R$ 77,98/@, desvalorização de R$ 0,19.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Segundo o broker Rodrigo Brolo, da Terra Futuros, “o mercado futuro fecha em mais um dia de queda após a primeira baixa do indicador das últimas semanas. É fato no mercado o sentimento que os frigoríficos de São Paulo compram com mais facilidade do que há 20 dias atrás. Longas as escalas não estão, mas a corda já aperta menos no pescoço. Esperasse que as ofertas daqui para o final de maio, com a queda das temperaturas e estiagem, aumentem.”
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 14/04/08
Tabela 3. Resumo das cotações do mercado físico do boi gordo em 14/04/2008
No atacado, após a valorização registrada no começo do mês, período de maior demanda, as cotações do traseiro (R$ 5,40) recuaram R$ 0,10, enquanto o dianteiro (R$ 4,20) e a ponta de agulha (R$ 3,60) permaneceram inalterados. Segundo o Intercarnes, a demanda apresentou-se mais ativa para dianteiros, havendo sobras para traseiros nos entrepostos, porém sem volumes expressivos, não gerando excedentes e o mercado segue calmo neste início de semana. O equivalente físico foi calculado em R$ 70,47/@. O spread (diferença) entre indicador e equivalente físico subiu para R$ 6,72/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico
André Camargo, Equipe BeefPoint
Como está o mercado do boi gordo, vaca gorda e reposição de sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados?
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Muito me admira os magnatas mundiais, que sempre apoiaram os subsídios agricolas das grandes potencias, virem agora dizendo-se preocupado com o aumento das commodities no mercado mundial.
Quanto ao aumento dos custos dessas commodities eles não comentam, nem que o produtor ainda é o mais sacríficado e o único sempre taxado de vilão quando algo em torno dos preços dessas commodities disparam no mercado.
Sempre se esquecem que de todo dinheiro movimentado no mundo das commodities apenas em torno de 8% é o que se repassa aos coitados dos produtores e os restantes 92% ficam nas mãos dos especuladores.
Muito me admira essa preocupação repentina desses senhores!