Mercado Físico da Vaca – 19/11/10
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Boi gordo: indicador segue em baixa, cotado a R$ 110,4

Na última sexta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 110,53/@, com variação negativa de R$ 1,75. O indicador a prazo teve desvalorização maior (-R$ 2,19), sendo cotado a R$ 110,40/@. Ao contrário do que aconteceu no mercado físico e após uma sequência de quedas, os contratos de boi gordo negociados na BM&FBovespa registraram forte valorização.

Na última sexta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 110,53/@, com variação negativa de R$ 1,75. O indicador a prazo teve desvalorização maior (-R$ 2,19), sendo cotado a R$ 110,40/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio

Ao contrário do que aconteceu no mercado físico e após uma sequência de quedas, os contratos de boi gordo negociados na BM&FBovespa registraram forte valorização. O primeiro vencimento, novembro/10, fechou a R$ 107,55/@, com valorização de R$ 3,63. Os contratos que vencem em dezembro/10 tiveram alta de R$ 3,36, fechando a R$ 99,50/@.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 18/11/10

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para novembro/10

O mercado segue bastante pressionado em todas as regiões do país e diante de uma melhora nas compras nos últimos dias os compradores forçaram fortes reajustes nos preços ofertados pela arroba. Apesar disso, existe um sentimento no mercado de que essa oferta foi apenas pontual e não deve sustentar nos próximos dias. Um agente do mercado contatado na semana passada passada pelo BeefPoint, analisou a situação da seguinte maneira “os frigoríficos blefaram e acabaram levando, agora os preços devem apresentar menor oscilação”.

O leitor do BeefPoint, Henrique de Faria Medeiros, de Divinópolis/MG comentou: “essa pressão dos frigoríficos, não vai engordar nossos bois. Então fico tranquilo pois a demanda está muito maior do que a oferta”.

Segundo Marcelo G. Boskovitz, no Paraná “a oferta já encurtou e o consumo vai alto com 13º salário, festa de confraternização e festas de final do ano. Quem tiver carne para vender em dezembro com certeza vai comemorar dobrado”.

Para Luiz Francisco Culik, o mercado tem que achar um equilíbrio, pois existe muita especulação no momento. “Acredito que um boi na faixa de R$ 105,00/@ em SP e R$ 95,00/@ no norte do país dará um certa tranquilidade a todos e normalizará as comercializações de carne, inclusive as exportações.Iisto ajudaria a equilibrar as vendas e parar com altas absurdas do boi (em dólar muito caro) e gerando prejuízos enormes a todos” comento Culik.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Distribuidores de carne bovina que atuam no mercado da grande São Paulo, afirmaram que os preços recuaram. “Chegamos a vender o boi casado a R$ 7,10, agora o varejo está pressionando e já estamos negociando a R$ 6,80, já que neste período do mês as vendas tendem a ser mais fracas”. Outro fator interessante, levantado por este distribuidor, é que nos últimos dias as carcaças estão chegando mais leves e com pior acabamento.

No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 8,90, o dianteiro a R$ 5,20 e a ponta de agulha a R$ 5,60. O equivalente físico recuou para R$ 105,42/@, com variação negativa de R$ 1,31. Diante desta retração, o spread (diferença) entre indicador e equivalente recuou para R$ 5,11/@.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 717,50/cabeça, com queda de R$ 5,41. A relação de troca recuou para 1:2,54.

Nilton Barbosa, da Correa da Costa Leilões Rurais, de Campo Grande/MS, comentou que as bezerras de 155 kg estão sendo comercializadas entre R$ 3,20 a 3,40/kg. Ele acredita que os recentes recuos observados no valor da arroba do boi gordo estão influenciando os negócios de gado magro, mas a situação deve se normalizar nos próximos dias e os preços devem apresentar maior estabilidade.

André Camargo, Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    A queda de preços no mercado físico e alta de preços no mercado futuro ocorridas na ultima sexta-feira apontam, na minha opinião, para correção dos excessos. Os recentes abates de animais leves, que elevaram a oferta momentaneamente, para aproveitar os preços atraentes, influenciando a queda dos preços no mercado físico, foram “sacados” da escala natural de abates de dezembro. Neste cenário nada mais natural que os preços futuros reajam. A verdade é que a demanda e oferta estão justas e ainda há espaço para muita volatilidade. Boi gordo a pasto em maior escala só a partir de janeiro.

  2. Jerônimo Alves de Oliveira Neto disse:

    À exemplo de todos outros picos de preço da @, espera-se, infelizmente, que os pecuaristas comecem as grandes vendas na metade/final de dezembro, e em massa. Seguindo esta linha de pensamento, no máximo até janeiro, a @ recuará violentamente aos preços costumeiros(67/73). A desunião neste setor ainda é a maior causa dessas oscilações negativas de preço, o que traz prejuízos ao produtor e ao consumidor, consequentemente.

  3. MEN DE SÁ SOUTO DOS REIS disse:

    A oferta ainda é muito aquém da demanda, com isto, acredito que os preços ainda continuaram firmes até final de dezembro, onde começaremos a ter a oferta do gado gordo a pasto. A tentativa dos abatedouros de puxarem os preços para baixo é terrorismo!!!!!!!