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1 de junho de 2010
Atacado – 04/06/10
4 de junho de 2010

Boi gordo: indicador sobe e reposição segue aquecida

O indicador Esalq/BM&Bovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 81,83/@, com alta de R$ 0,07. O indicador a prazo teve leva valorização de R$ 0,01, sendo cotado a R$ 82,68/@.

O indicador Esalq/BM&Bovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 81,83/@, com alta de R$ 0,07. O indicador a prazo teve leva valorização de R$ 0,01, sendo cotado a R$ 82,68/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio

Na BM&FBovespa, o primeiro vencimento junho/10 fechou a R$ 81,89/@, com retração de R$ 0,05. Os contratos que vencem em outubro/10 registraram recuo de R$ 0,15, fechando a R$ 84,48/@, com 2.242 contratos negociados e 16.670 contratos em aberto. Na tabela abaixo veja o movimento de todos os contratos de boi gordo negociados no pregão de ontem.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 01/06/10

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para outubro/10

O leitor do BeefPoint, Pedro Henrique L. de Amorim, de Goiânia/GO, comentou através do formulário de cotações que na sua região já existem negócios a R$ 77,00/@, com prazo de 30 dias para pagamento.

Manoel Teixeira Campos, de Piraí/RJ, comentou que na região de Valença/RJ, os frigoríficos estão pagando R$ 75,00 pela arroba do boi gordo e R$ 67,00/@ em lotes de fêmeas, ambos com prazo de 30 dias.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) a região médio-norte de Mato Grosso é a que sofrerá maior impacto com a paralisação das três unidades do Grupo Frialto no Estado. Segundo o Imea, na região do médio-norte existem três plantas frigoríficas e estão paralisadas duas que estão enquadradas no Serviço de Inspeção Federal (SIF) e credenciadas para exportação. A planta que continua em operação recebe apenas inspeção estadual (Sise). Na região norte de Mato Grosso há 12 unidades abatedoras de bovinos, sendo dez com SIF e duas com a inspeção estadual. Com a paralisação do Frialto, a região chega à marca de cinco unidades desativadas, restando sete em operação.

Em boletim semanal, os técnicos do Imea relatam uma queda na média móvel de cinco dias dos preços à vista da arroba do boi gordo e alongamento da escala de abate. Segundo eles, em maio os frigoríficos começaram a operar com escalas de abate na casa dos cinco dias de média, demonstrando certo conforto. “Com essas escalas mais confortáveis, a pressão de baixa no preço aumentou, declinando a linha da média móvel da arroba neste mês de maio. Para que esta tendência de baixa na arroba não tenha sequência, as próximas escalas de abate terão de recuar, interrompendo assim este atual caminho de preços no Estado.”

Mesmo com a recente queda da arroba do boi gordo, o mercado de reposição continua aquecido. A exceção foi a cotação da vaca gorda, que em maio interrompeu a tendência de alta e registra uma leve queda de 0,7% em comparação com abril. “Já o bezerro de desmama e a vaca solteira continuaram em valorização, registrando a mesma alta de 2,8%, sendo cotados a R$ 612,32/cabeça e R$ 737,38/cabeça.” Os técnicos do Imea ressaltam que a cotação do bezerro atingiu a maior média mensal desde outubro de 2008. “Esses fatos demonstram que o mercado de reposição continua firme, com pressão de alta nos preços devido a uma demanda maior do que a oferta.”

Segundo o Cepea, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 719,86, com desvalorização de R$ 4,81. Com esta variação, a relação de troca subiu para 1:1,88.

No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 6,40, o dianteiro a R$ 4,20 e a ponta de agulha a R$ 4,00. O equivalente físico permaneceu em R$ 78,45/@. O spread (diferença) entre indicador e equivalente subiu para R$ 3,38/@.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

André Camargo, Equipe BeefPoint

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0 Comments

  1. Estêvão Domingos de Oliveira disse:

    Fechei embarque de bois para essa semana com dois frigoríficos.

    Minerva: R$ 75,50 à vista.

    Friboi: R$ 77,00 à vista

    Região: Caçu – GO

  2. Rogério Trevisoli disse:

    A Fêmea está cotada em R$ 71,00/@ a vista, gado aqui de Caçu -GO

  3. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Morreu ontem bois a 77,00 Marfrig. Rendimento surpreendentemente baixo, muito baixo. Estou revendo todos os meus conceitos…

  4. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado Humberto,

    Continuam os mesmos, com os metódos inalterados… se há dificuldade em consegui animais para abate, eles melhoram o preço, e recuperam o valor na balança ou na sala de maquiagem/rebarba/acabamento. Agradeça por não inventarem a cisticercose.

    Quanto a rever seus conceitos, acredito ser mais oportuno o acompanhamento sistemático dos abates, com fiscalização nas balanças, o sistema é predador, e a tunga continuará, como sempre!

    Boa sorte e saúde.

  5. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Caro José Manuel,

    Concordo plenamente com o seu diagnostico. Só fiquei surpreso por ocorrer em frigorífico de um grupo que eu estava aprendendo a respeitar, e que no mês anterior me havia dado a feliz surpresa de um rendimento bem acima de minha media histórica. Veja meus dados recentes de abates nesta época abril/maio na tabela abaixo.

    Data -x-x- Peso Vivo -x-x- Rendimento

    31/5/2010 -x-x- 522,92 -x-x- 0,5132
    8/4/2010 -x-x- 536,86 -x-x- 0,5388
    20/5/2009 -x-x- 511,96 -x-x- 0,5287
    5/5/2009 -x-x- 491,75 -x-x- 0,5217
    6/4/2009 -x-x- 530,44 -x-x- 0,5202

    O gado é sempre anelorado e castrado, e para as pesagens é fechado cedo, antes de beber água. Uma diferença (talvez) importante: pela primeira vez o abate foi em Rio Verde; coincidência ou não, nesta unidade não há balança da FAEG, a chamada balança do produtor.

    Posso dizer que tenho uma certa experiência nesta questão de acompanhamento de abates, e no passado até já me meti a pontificar sobre o assunto:

    https://beefpoint.com.br/?noticiaID=5261&actA=7&areaID=15&secaoID=127

    Por isso, jamais deixaria de mandar assistentes profissionais ao abate. Hoje em dia, todavia, eles estão servindo apenas para coibir as “duas facas”. Longe de mim insinuar que foi este o caso atual, mas a “limpeza eletrônica” infelizmente pode ser feita por técnicas semelhantes às empregadas em postos de gasolina (outro dia deu no Jornal Nacional), que com válvulas solenóide comandadas remotamente conseguem mandar gasolina puríssima se e quando inspetores estiverem colhendo amostras. Os tempos heróicos dos gritos de “Pára a nória” já ficaram para trás. Hoje, a eletrônica e a programação contornam isso sem dificuldade.