Fechamento – 15:22 – 12/12/01
12 de dezembro de 2001
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14 de dezembro de 2001

Boi Gordo: liminar prevê arresto de bens

Um grupo de credores da Fazendas Reunidas Boi Gordo, ligados à Associação dos Parceiros e Credores da Fazendas Reunidas Boi Gordo (APCBG), com sede em São Paulo, está desde ontem em Comodoro, a 677 km de Cuiabá para acompanhar uma diligência da justiça. O objetivo é assegurar que seja cumprida uma liminar que prevê o arresto dos bens das empresas integrantes do grupo Boi Gordo – incluindo o seqüestro de aproximadamente 40 mil cabeças de gado.

A decisão liminar foi baixada pelo juiz José Joaquim dos Santos, da 10a Vara Cível da Justiça de São Paulo, em resposta a uma medida cautelar coletiva de seqüestro apresentada há cerca de 20 dias. O processo correu em segredo de justiça e visa assegurar garantias de que os investidores da Boi Gordo – que está em processo de concordata desde 16 de outubro – tenham como receber o montante que já foi aplicado na agropecuária.

As 40 mil cabeças de gado estão avaliadas em aproximadamente R$ 30 milhões, ao passo que o investimento dos 400 associados à APCBG soma R$ 80 milhões, de acordo com o secretário executivo da entidade, Miguel Diaz Gandullo.

Assim que o seqüestro for cumprido, será efetuada a venda do lote e os recursos gerados com o negócio serão depositados em favor da associação – que representa credores da Boi Gordo de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Bahia.

A ação da APCBG corre independente do processo de concordata da Boi Gordo – cujo foro é Comodoro. O local do trâmite da concordata é um dos pontos polêmicos do imbróglio judicial que ronda a agropecuária. Credores de São Paulo e Cuiabá já solicitaram na Justiça a transferência dos trabalhos para a capital paulista e do Estado do MT, respectivamente, e, atualmente, a concordata está em suspenso. A liminar é de primeira instância mas pode servir de precedente para outros credores.

Fonte: Diário de Cuiabá (por Camila Bini), adaptado por Equipe BeefPoint

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