Diante da maior oferta de animais para o abate, os frigoríficos retomaram a pressão sobre os preços da arroba e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista recuou R$ 0,55, nesta quinta-feira, sendo cotado a R$ 79,90/@. O indicador a prazo foi cotado a R$ 80,78/@, baixa de R$ 0,57.
Diante da maior oferta de animais para o abate, os frigoríficos retomaram a pressão sobre os preços da arroba e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista recuou R$ 0,55, nesta quinta-feira, sendo cotado a R$ 79,90/@. O indicador a prazo foi cotado a R$ 80,78/@, baixa de R$ 0,57.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
O mercado futuro fechou em baixa na última quarta-feira, o primeiro vencimento, abril/09, fechou a R$ 79,50/@, com variação negativa de R$ 0,75, a maior desvalorização do dia. Maio/09 teve recuo de R$ 0,36, fechando a R$ 77,51/@, com 3.059 contratos negociados e 6.610 contratos em aberto. Os contratos com vencimento em outubro/09 fecharam a R$ 84,27/@, com queda de R$ 0,15.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 22/04/09
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para abril/09
Após conseguirem animais em maior volume, muitos compradores recuaram os preços ofertados pela arroba. A maioria dos frigoríficos paulistas conseguiram completar escalas para o começo de maio tentam dar força a pressão baixista. No momento, em São Paulo, a arroba é negociada entre R$ 78,00 e R$ 80,00, compradores que testaram valores mais baixos compraram muito pouco.
A diminuição das chuvas nas principais praças pecuárias (SP, MS, GO, PR, RS) e os preços melhores pagos durante as últimas semana estimularam as vendas e oferta maior somada ao período de menor consumo (final do mês) contribuíram para a perda de sustentação do mercado do boi gordo, ou seja, essa situação já era esperada.
A habilitação de 16 plantas para exportar para o Chile deve melhorar o desempenho das exportações e notícia pode aquecer o animo do mercado dando mais firmeza aos preços, mas até agora são apenas especulações e o cenário deve se clarear nos próximos dias.
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 6,10, o dianteiro a R$ 4,30 e a ponta de agulha R$ 4,00. O equivalente físico foi cotado a R$ 76,88/@, com desvalorização de 2,57%. O spread (diferença) entre indicador e equivalente ficou em R$ 3,03/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 663,61/cabeça, com valorização de R$ 2,58. Diante do recuo da arroba do boi gordo, a relação de troca recuou para 1:1,99.
No Rio Grande do Sul a situação é um pouco diferente, segundo o jornal Correio do Povo/RS, o agravamento da seca prejudica a reposição de gado no Estado. O pasto insuficiente fez compradores frearem as aquisições em meio à intensa oferta de animais de reposição. Nas exposições ocorridas na semana passada, sobraram machos e os preços caíram, acompanhando a curva de queda do boi gordo.
O cenário frustra a expectativa de leiloeiros e pecuaristas, que apostavam na liquidez dos terneiros para compensar a queda de preços resultante do acréscimo de oferta.O presidente do Sindicato dos Leiloeiros do Estado, Jarbas Knorr, acredita que, mesmo abaixo da projeção, os preços são razoáveis para o momento. “A estiagem não estava nas nossas contas.”
A expectativa é que a chuva prevista para os próximos dias possa reverter o quadro. Ao lançar ontem, na Capital, a maior feira de machos castrados do Estado, o presidente do Sindicato Rural de Lavras do Sul, Francisco Abascal, disse que a tendência de recuperação das pastagens será fundamental para determinar o andamento dos negócios. Ainda assim, está mantida a projeção de comercialização de 100%. Lavras ofertará 3,5 mil terneiros em 2 de maio. “Quem manda é o mercado, mas esperamos venda total, como tradicionalmente acontece no nosso remate”, comentou Abascal.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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Senhores,
Definitivamente o boi gordo entrou numa montanha russa louca, de sobes e desces. Concomitante a quebradeiras de frigorificos grandes exportadores e pequenos do mercado doméstico.
Exportações ainda oscilam bastante e o mercado interno não dá consumo da produção existente.
Portanto quem pode deve migrar para agricultora, quem suportar pode tentar atravessar a turbulência – que será demorada – e quem não pode nem uma coisa nem outra, o remédio é sair do ramo.
Realidade: há super produção, subconsumo e alto risco nas vendas.
Cordialmente,
Antonio Carlos de Sousa Messias.