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Boi gordo: oferta segue curta e indicador fecha em alta

O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 104,76/@ com variação positiva de R$ 0,33. O indicador a prazo registrou alta de R$ 0,21, sendo cotado a R$ 106,66/@.

O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 104,76/@ com variação positiva de R$ 0,33. O indicador a prazo registrou alta de R$ 0,21, sendo cotado a R$ 106,66/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 21/02/11

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para fevereiro/11

Segundo notícia do jornal Zero Hora, a estiagem que atinge Campanha, Fronteira Oeste e Zona Sul do Rio Grande do Sul – três das principais regiões de pecuária no Estado – fez o preço do boi gordo bater no teto em fevereiro. Dados da Emater mostram que, semana passada, chegou a R$ 3,22 o valor médio no mercado gaúcho – aproximadamente R$ 97,00/@ – , 23% acima da média para o mês, conforme série histórica iniciada em 2005.

Como a alta está mais relacionada a um problema de oferta no Rio Grande do Sul do que ao avanço do consumo, o momento não se traduz em ganhos generalizados para os pecuaristas, diz o economista Antônio da Luz, da Federação da Agricultura do Estado (Farsul). “Não são todos os produtores que estão conseguindo aproveitar este momento. Se Campanha, Fronteira Oeste e Zona Sul sofrem com a seca, as outras regiões não fazem cócegas na oferta”, entende o economista, que prevê a continuidade do quadro de valorização pelo menos nos próximos dois meses.

Além de afetar a disponibilidade de gado, a falta de chuva também prejudica a qualidade e abre uma frente de atrito entre produtores e indústria. Os animais ofertados pelos produtores estão mais magros e o percentual de rendimento avaliado pelos frigoríficos diminuiu de 52% para cerca de 48% nos bovinos machos, descontentando os produtores.

Pecuaristas de Alegrete, na Fronteira Oeste do Estado, procuraram durante a semana passada o Sindicato Rural do município buscando intervenção nas negociações com os frigoríficos. “Os frigoríficos historicamente avaliam de 50% a 52% o rendimento de bois. Houve secas bem piores que a atual e a equivalência foi sempre esta. O produtor não pode ser castigado por um fenômeno climático. Esta semana deve haver uma reunião entre frigorífico e produtores” comenta o presidente do Sindicato Rural de Alegrete, Pedro Pires Pífero.

Fernando Velloso, consultor da FF Velloso & Dimas Rocha Assessoria Agropecuária, lembra que a avaliação do rendimento sempre foi motivo de discórdia entre produtor e frigoríficos. “Nem sempre os produtores acompanham o abate para ver o que o animal vai render. Esperam um rendimento e o frigorífico acaba pagando outro. Os produtores se sentem penalizados”.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Tabela 3. Atacado da carne bovina

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista (R$/cabeça)x relação de troca (boi gordo de 16,5@ por bezerros)

0 Comments

  1. Mauro Silvio Azevedo Abreu disse:

    Em Belo Horizonte hoje 22/02/2011 o preço da @ é R$94,00
    Pelo beefpoint podemos constatar:
    22/02/2011 13/12/2010
    Esalq 104,76 105,59
    Bezerro 711,94 706,36
    Troca 2,43 2,47
    Andradina 99,00 99,00
    Araçatuba 99,00 99,00
    Pres.Prud. 103,00 103,00
    Campo G. 97,00 88,50
    Goiania 97,00 96,00
    MG Triang. 95,00 95,00
    MG Nordest. 91,00 93,00 Concluimos que B.Hte. esta com preço baixo, pois, em dezembro 29/12/2010 data abate fechamos a R$96,00.

  2. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Uma pergunta que gostaria de saber a resposta: a oferta esta curta, menor que em anos anteriores, ou simplesmente a demanda esta aquecida, maior que em anos anteriores?

    Sabemos que há um crescimento vegetativo da demanda, mas parece que esta ocorrendo um crescimento mais acelerado da demanda em decorrência do aumento do poder de compra da população. O que precisamos saber é se este crescimento consolidado da demanda esta superior ao crescimento da oferta. E pelo que tudo indica sim, forçando os preços para cima na busca de um novo equilibrio.

    Maiores preços melhoram as margens dos pecuaristas e estimulam os investimentos necessários a ampliação da oferta, funcionando com um mecanismos natural de ajuste do mercado.