Nesta semana, o mercado do boi gordo continua sua trajetória de alta. A oferta reduzida de animais terminados para abate tem forçado as altas do preço da arroba. A valorização da carne no atacado está sustentando tais aumentos. Os animais de cocho já estão no final e nada indica que existam grandes volumes de bois de pasto disponíveis para abate no próximos dias, assim o mercado deve permanecer firme durante este início de novembro.
Nesta semana, o mercado do boi gordo continua sua trajetória de alta. A oferta reduzida de animais terminados para abate tem forçado as altas do preço da arroba. A valorização da carne no atacado está sustentando tais aumentos. Os animais de cocho já estão no final e nada indica que existam grandes volumes de bois de pasto disponíveis para abate no próximos dias, assim o mercado deve permanecer firme durante este início de novembro.
O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista registrou variação positiva de 3,73%, na semana, sendo cotado a R$ 69,22/@, nesta quarta-feira. Em relação ao mesmo período de 2006, a valorização do indicador à vista foi de 22,30%. O equivalente a prazo está cotado a R$ 69,96/@, acumulando alta de R$ 2,49 (3,69%) no período analisado.
A relação de troca melhorou, subindo para 1:2,43, valor 3,38% superior ao de quarta-feira passada, que era de 1:2,35. Esse aumento se deve a maior valorização do indicador de boi gordo frente ao indicador de bezerro, que foi cotado a R$ 470,73/cabeça e teve alta de 0,34% na semana. Há um ano o bezerro valia R$ 371,14/cabeça e a relação de troca era de 1:2,52.
Com o dólar acumulando queda de 0,23%, na semana, cotado a R$ 1,739, o indicador Esalq/BM&F boi gordo chega próximo dos US$ 40,00, tendo variação de 3,97%.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Em São Paulo se comenta que frigoríficos já pagaram R$ 70,00/@ em lotes diferenciados e a melhora nos preços pagos pelo frigoríficos também acontece nos outros estados. “Aqui na região noroeste de MT a situação não é diferente de outras regiões do país, a falta de gado gordo é muito grande, as chuvas aqui demoraram muito a chegar e como aqui não temos confinamentos as indústrias padecem ainda mais. Com isso já temos notícias de negócios de boi gordo a R$ 58,00/@ à vista para descontar os impostos”, comenta Arnaldo de Campos, leitor do BeefPoint, de Cotriguaçu, MT.
Tabela 2. Cotações do boi gordo com variação relativa a 31/10/2007
No mercado futuro, os contratos com vencimento no curto prazo acumularam mais uma semana de alta. O primeiro vencimento, novembro/07, terminou a semana com variação positiva de R$ 2,02, fechando a R$ 70,24/@ e os contratos com vencimento para dezembro/07 tiveram alta de R$ 2,23, no período. Já os contratos mais distantes apresentaram recuo, julho/08 fechou a R$ 65,90/@ (-R$ 0,50) e outubro/08 acumulou baixa de R$ 0,21, fechando a R$ 67,79/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 31/10/07 e 07/11/07
Tabela 3. Atacado da carne bovina
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) o preço da carne no varejo de São Paulo cotada a R$ 10,00/kg no mês de outubro, subiu 1,32% frente ao preço médio de setembro que foi de R$ 9,87/kg.
Gráfico 3. Spread (diferença) entre indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista e equivalente físico
Até o dia 19 de novembro a missão européia terá suas atenções concentradas na rastreabilidade, na certificação e na saúde animal. Serão inspecionados Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Goiás. “As auditorias são importantes porque nos ajudam a aperfeiçoar nossos sistemas”, comentou o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto.
A decisão do Mapa, segundo o ministro Reinhold Stephanes, vai contribuir para que Mato Grosso do Sul retome as exportações. “O comércio externo, incluindo a União Européia, ainda depende de liberação da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal)”, destacou Stephanes, informando que, em dezembro, uma nova missão internacional deve visitar a região.
Enquanto os irlandeses continuam com ofensivas contra a importação de carne brasileira pela Europa. Acusando o comissário europeu para Assuntos de Saúde e Consumo, Marcus Kyprianou, de esconder um relatório veterinário sobre os controles de segurança alimentar e de prevenção da febre aftosa no Brasil e especulando que existem problemas com os mesmos. O Departamento de Agricultura da Irlanda confirma mais um caso de EEB em seu rebanho. Este caso preocupa, pois o animal em questão nasceu seis anos depois de terem sido introduzidos rígidos controles para erradicar a doença, diferente dos outros 16 identificados esse ano, onde o perfil de idade dos animais infectados era de animais nascidos antes dos controles introduzidos em 1996.
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Miguel e André,
Parabéns pelo artigo. Muito objetivo, claro e rico em informações!
Abraço a todos da equipe.
Muito boas as informações contidas no artigo, são importantes para técnicos e produtores. Parabenizo o BeefPoint por disponibilizar as informações.
Moro na região de Dracena -SP, hoje 14/11/2007 os frigorificos da região já estão pagando R$ 67,00 à vista pela arroba do boi, sem rastrear livre de impostos, já se fala em R$ 70,00 o boi rastreado.
Fazendeiros que moram aqui na região e tem propiedade em Batagassu já comercializaram bezerros desmamados a R$ 500,00/cabeça e bezerras a R$320,00.