O coordenador da Operação Boi Pirata 2, Leslie Tavares, foi preso ontem em Novo Progresso (PA) durante ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para retirar gado criado ilegalmente na Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim. A operação, deflagrada no último fim de semana, foi suspensa por uma liminar da Justiça estadual.
O coordenador da Operação Boi Pirata 2, Leslie Tavares, foi preso ontem em Novo Progresso (PA) durante ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para retirar gado criado ilegalmente na Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim. A operação, deflagrada no último fim de semana, foi suspensa por uma liminar da Justiça estadual.
Na madrugada de ontem, o presidente do Tribunal Regional Federal da 1° Região (TRF-1), Jirair Megueriam, determinou a retomada da ação do Ibama. No entanto, a decisão da Justiça Federal não foi cumprida, e o juiz local determinou a prisão de Tavares. O coordenador geral de fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa, disse que o órgão está acionando a Advocacia-Geral da União (AGU) para tomar medidas urgentes em relação à prisão do coordenador. “Parece que o juiz está descumprindo a decisão do TRF. Se isso aconteceu, o juiz pode até ser preso pela Polícia Federal”, disse.
A Operação Boi Pirata 2 foi deflagrada em uma fazenda localizada dentro da Flona Jamanxim, com 2.548 cabeças de gado criadas ilegalmente na unidade de conservação. O Ibama aplicou dez autos de infração, num total de R$ 15 milhões em multas. Novo Progresso é o município campeão de desmatamento no país e está localizado na região da BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), uma das grandes fronteiras de avanço do desmate da Amazônia.
A expectativa do Ibama é retirar os animais até a próxima quinta-feira (6). Além das cerca de 2,5 mil cabeças retiradas na ação, o Ibama espera que outros produtores da região desloquem os animais para fora da unidade de conservação. Na Operação Boi Pirata 1, em 2008 na Terra do Meio (PA), os agentes apreenderam 3,5 mil cabeças de gado e outras 100 mil foram retiradas pelos próprios fazendeiros, que ocupavam a área irregularmente.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, acredita que não haverá problema para vender os bois apreendidos em Novo Progresso, como ocorreu com os “bois piratas” da Terra do Meio, que só foram leiloados após cinco tentativas. “Daquela vez houve um boicote. Mas, independentemente da venda, o objetivo de tirar os bois de áreas de conservação já está sendo cumprido”, disse Minc.
A matéria é de Luana Lourenço, da Agência Brasil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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eles tão esquecendo que tem eleições ano que vem!
Caro Humberto, o problema que quem esquece disso tudo nas eleições é o povo.
Mas é assim mesmo, o governo incentivou o desbravamento e o Brasil se tornou esse gigante na produção de alimentos, que tanto o próprio governo se orgulha, como se fosse obra dele.
Os produtores no norte estão na linha de tiros, mas não são só eles não, quem está acompanhando o problema dos produtores de MS, está vendo que a coisa está mesmo perdendo o controle. Depois de décadas de desbravamento, produção, etc, agora caem antropólogos do céu dizendo que tudo aquilo que foi comprado na época, dado como garantia em financiamentos para produção e tudo mais, é de direito dos índios e a eles deve voltar.
Então não podemos produzir no norte porque temos que manter, a custos dos produtores que lá investiram, as matas em pé, pois o mundo todo já derrubou as suas e temos que salvar o planeta. Não podemos produzir no sul de MS porque é terra de índio e a eles deve voltar para produzir nada, a exemplo do que não se produz nos outros milhares de hactares que eles tem na região.
O que há por tráz disso?? De quem vamos comprar arroz feijão e carne no futuro??