O governo brasileiro encaminhou ontem correspondência às autoridades bolivianas oferecendo apoio técnico para combater os focos de febre aftosa detectados no Departamento de Santa Cruz.
O governo brasileiro encaminhou ontem correspondência às autoridades bolivianas oferecendo apoio técnico para combater os focos de febre aftosa detectados no país. O Mapa também promoveu uma reunião com representantes dos quatro estados que fazem fronteira (3.166 km) com a Bolívia para definir um plano emergencial de reforço às ações de fiscalização já realizadas. Ficou acertado que o MS, MT, AC e RO vão, em parceria com o Mapa, ampliar o número de barreiras fixas e móveis e de fiscais agropecuários na região.
“Se o governo boliviano desejar, podemos enviar técnicos brasileiros para apoiar os trabalhos de controle e erradicação dos focos”, disse o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques. “Só dependemos do pedido das autoridades bolivianas.”
O Brasil, lembrou, sempre tem contribuído com a Bolívia no combate à febre aftosa, tanto no fornecimento de vacinas como no de capacitação de pessoal. Em 2006, o Mapa doou ao país vizinho um milhão de doses para a campanha de imunização contra a doença. “Neste ano, doaremos mais um milhão de doses”, afirma, em notícia do Mapa.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Marques afirma que barreiras naturais, como rios e áreas alagadas, dificultam o contrabando de animais da Bolívia para o Brasil. “Outro fator de alento é que entre a região dos focos e o Brasil há uma zona que o governo boliviano classificou internacionalmente como livre de febre aftosa com vacinação. Nessa zona, onde estão no máximo 600 mil animais, o sistema é diferenciado na comparação com o restante da Bolívia”, afirmou. Os focos diagnosticados até o momento estão a 270 quilômetros da fronteira do Mato Grosso e a 950 quilômetros da fronteira com o Acre.