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Brasil busca retomar exportações aos EUA até 06/06

A semana que começa hoje é decisiva para os frigoríficos brasileiros, pois antecede a reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil-EUA, marcada para o dia 22, em Washington. Na pauta, está a retomada das vendas de carne brasileira aos EUA, suspensas desde o último dia 5 por decisão do Mapa. A pretensão do governo é retomar as exportações até 6 de junho.

Antes, uma nova missão americana deve desembarcar no Brasil. Além de vistoriar os frigoríficos, os técnicos avaliarão se o país atendeu às exigências dos EUA e implementou medidas para sanar deficiências no sistema de inspeção e fiscalização de carnes.

Entre março e abril, técnicos do governo dos EUA fizeram vistorias em frigoríficos brasileiros. O resultado do escrutínio foi o descredenciamento de frigoríficos e a entrega de um relatório preliminar. O documento listava deficiências no sistema brasileiro de inspeção e fiscalização de carnes.

O Brasil tinha 60 dias para adequar-se às exigências, mas decidiu suspender a venda de carnes para adequar-se integralmente ao acordo de equivalência sanitária com os americanos. Para tornar isso possível, governo e setor privado fecharam parceria. “Haverá parceria. A discussão é sobre como ela será feita”, disse o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.

Segundo ele, as tratativas sobre o assunto estão em fase final. “Avalio [o descredenciamento de frigoríficos] com preocupação”, disse. “Crescemos muito e os EUA querem recuperar mercado. E têm argumentos sólidos porque trabalharam muito bem a defesa sanitária deles”, destacou.

A ascensão do Brasil ao seleto grupo de grandes produtores de carne criou uma nova realidade para os frigoríficos brasileiros, líderes mundiais no abate bovino. Antigos matadouros foram transformados em gigantescas unidades de “desmontagem” dos bois, onde trabalham centenas, às vezes milhares, de operários. “Mudaram dois conceitos básicos: a economia tornou-se de escala e aumentou a exigência por parte dos consumidores. A profissionalização é um processo sem volta”, avalia Artemio Listoni, diretor de originação do Friboi, maior frigorífico do país.

Em 2004, o Brasil exportou US$ 2,5 bilhões, ou R$ 6,5 bilhões, em carne bovina e miúdos. Neste ano, a Abiec espera US$ 3 bilhões ou R$ 7,8 bilhões em vendas.

Fonte: Folha de S.Paulo (por Janaína Leite), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Joao Coutinho Nunes disse:

    Acho que essa idéia de travar o nosso produto aqui é valida por que temos que ser valorizados com um produto de qualidade.

    Porque o mercado lá fora é muito exigente e nós dependemos dele para o nosso sucesso então é muito importante que autoridades venham fiscalizar nossos produtos.

    Só assim as pessoas vão se conscientizar o quanto é importante ter coisas boas para oferecer aos nossos clientes.