O governo brasileiro vai apoiar o Paraguai a combater o foco de aftosa detectado no Departamento de Canindeyu, na fronteira com o Mato Grosso do Sul. O anúncio foi feito ontem (05) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, pouco depois de audiência com o ministro da Agricultura e Pecuária paraguaio, Darío Baumgarten. “Vamos contribuir com a doação de vacina e ajuda técnica”, informou Pratini.
Ao propor a ação conjunta, o ministro sugeriu ao governo paraguaio que adote a mesma estratégia de prevenção e erradicação de aftosa empregada no Brasil. Para tanto, foi criada uma comissão bilateral, que será coordenada pelo diretor do Departamento de Defesa Animal do Mapa, João Cavallero, e por um representante do Serviço Nacional de Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai. “Sugerimos que o trabalho seja realizado em todo o território paraguaio, e não apenas na região da fronteira com o Brasil”, disse Pratini.
A comissão bilateral fez sua primeira reunião na tarde desta terça-feira para estabelecer um cronograma de ações conjuntas. Além do sacrifício de animais, da desinfecção da área afetada e do controle do trânsito de animais interna e externamente, os técnicos também deverão realizar um inquérito soroepidemiológico. O Paraguai tem um rebanho bovino de nove milhões de cabeças, sendo que quatro milhões estão em propriedades localizadas na fronteira com o Brasil.
Cavallero disse que inicialmente a propriedade onde foi constatada a doença ficará isolada até um raio de 25 quilômetros, incluindo a zona de foco, a zona de vigilância e a zona de segurança para evitar a contaminação. O fechamento da fronteira, que teve início no dia 23 de setembro, será mantido até que não existam riscos de contaminação.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e O Estado de São Paulo (por Gecy Belmonte), adaptado por Equipe BeefPoint