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Brasil deve liderar exportação de carne

A melhoria genética, os investimentos em tecnologia e em sanidade animal levam o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), José Olavo Borges Mendes, a acreditar que, em cinco anos, o Brasil será o maior exportador de carne bovina do mundo. Atualmente, o País ocupa a terceira posição, com 900 mil toneladas anuais, perdendo apenas para a Austrália (1,3 milhão de toneladas/ano) e para os Estados Unidos (1,1 milhão de toneladas anuais).

Durante visita à 57ª Exposição Agropecuária de Goiás (Expo-Goiás), ontem, o presidente da ABCZ disse que o grande desafio dos pecuaristas brasileiros é manter o mercado e conquistar mais espaço, chegando até à Ásia. “Precisamos investir mais no marketing de nosso produto e aprender a vender para outros países”, ressaltou. Ele defendeu também a melhoria do poder aquisitivo do brasileiro para aumentar o consumo de carne. Atualmente, o consumo por habitante é de 40 quilos/ano. Em 1994 era de 32,6 quilos anuais.

Mendes lembrou que o Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com 170 milhões de cabeças, o equivalente a um animal por habitante. Ele observou que até 1997 um animal chegava a ponto de abate com idade média de quatro anos. Agora, são apenas três anos. “Isso significa que estamos investindo na melhoria genética do plantel, garantindo mais carne e leite com precocidade e de melhor qualidade”, ressaltou.

O presidente da ABCZ elogiou a qualidade dos animais expostos na Expo-Goiás. Em sua opinião, o pecuarista goiano sempre se preocupou em investir na melhoria genética do gado. Das 170 milhões de cabeças existentes no Brasil, 80% são de raça zebuína (origem indiana). Em Goiás esse porcentual chega a 90%.

Nos quatro leilões de animais realizados até anteontem à noite, durante a Expo-Goiás, já foram arrecadados R$ 1,14 milhão com a venda de 107 animais e 44 lotes de embriões Nelore. O animal mais caro, uma fêmea Nelore, foi vendido pelo pecuarista Eurípedes Barsanulfo por R$ 14 mil, durante o Leilão Nova Opção. O animal foi arrematado por Fernando Kuhne Andrade. No primeiro leilão virtual de embriões, foram arrecadados R$ 563,2 mil. Todos os 44 lotes ofertados foram vendidos ao preço médio de R$ 12,8 mil.

Fonte: O Popular/GO (por Sônia Ferreira), adaptado por Equipe BeefPoint

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