O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) formaliza hoje (29) a doação de um milhão de doses de vacina contra febre aftosa à Bolívia e de outras 500 mil ao Paraguai. A Delegacia Federal da Agricultura no Mato Grosso do Sul entregará as vacinas aos serviços de sanidade animal do Paraguai, em Ponta Porã, e da Bolívia, em Corumbá. Juntos, os dois países têm um rebanho de 17 milhões de cabeças.
O Brasil tem 82% de seu rebanho de 183 milhões de cabeças reconhecidos como livres da doença. Há mais de dois anos sem registro de casos, o Brasil lidera o processo de prevenção e combate à aftosa no continente sul-americano.
Para manter esse status internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, em março, durante visita à feira de Campo Grande, a doação de um milhão de doses de vacinas ao Paraguai e outras 500 mil à Bolívia.
Em julho, o ministro Roberto Rodrigues participou de um encontro emergencial, com a presença do então presidente boliviano Gonzalo Sánchez de Lozada e seis ministros da Agricultura do continente, para discutir políticas e estratégias regionais de combate à aftosa na América do Sul.
O novo esforço de imunização beneficiará os rebanhos bovinos dos departamentos bolivianos de Santa Cruz de La Sierra, na fronteira com o Mato Grosso do Sul, e do Beni, vizinho de Rondônia. “Buscamos aprimorar a vigilância de nossas fronteiras e aumentar a cooperação com os países vizinhos”, disse Jamil Gomes de Souza, diretor-substituto do Departamento de Defesa Animal do Ministério.
Recentemente, a Bolívia detectou dois focos de aftosa nas comunidades de Monteagudo (Departamento de Chuquisaca) e Betanzos (Departamento de Potosí), situados na Bacia do Rio Prata, a 3 km da fronteira com a Argentina e a 7 km da fronteira com o Paraguai.
A doação, que custará R$ 1,4 milhão ao Brasil, foi decidida durante reunião do ministro Rodrigues com seus colegas no CAS (Conselho Agropecuário do Sul) em novembro, na Cidade do Panamá.
Criado em abril deste ano, o CAS tem o objetivo de intensificar a cooperação sobre o controle sanitário e fitossanitário no Cone Sul para atender à crescente demanda por segurança alimentar. Além disso, o grupo busca discutir políticas comuns na área de sanidade e preparar posições negociadoras conjuntas para apresentar nos fóruns de negociação internacional. As entidades de representação privada do setor agropecuário também participam das discussões.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint