O Brasil conseguiu em muito pouco tempo e com uma estratégia bastante simples adquirir na Argentina o que não conseguiu da Europa. Empresas brasileiras compraram firmas argentinas com agressividade e sem encontrar o menor obstáculo, aumentando a participação brasileira na cota Hilton.
O Brasil conseguiu em muito pouco tempo e com uma estratégia bastante simples adquirir na Argentina o que não conseguiu da Europa. Empresas brasileiras compraram firmas argentinas, aumentando a participação brasileira na cota Hilton.
De acordo com o site argentino El Enfiteuta, fontes privadas afirmam que as empresas brasileiras concentram cerca de 5,54 mil toneladas da cota Hilton argentina, um volume que permite ao Brasil mais do que duplicar a cota Hilton permitida ao país (5 mil toneladas) pela União Européia (UE).
No total, somando as plantas novas que receberão a cota no próximo ano, estima-se que a porção da Hilton que passou de mãos argentinas para mãos estrangeiras já soma cerca de 11,4 mil toneladas, que é pouco mais de 45% da cota distribuída entre as indústrias e mais de 40% das 28 mil toneladas de cota Hilton total da Argentina.
Porém, as opiniões dentro do Governo argentino parecem estar divididas com relação ao fato desta situação ser alarmante ou não. De um lado, estão os legisladores kirchneristas, Alberto Cantero Gutiérrez e Mercedes Marcó del Pont, que apresentaram o projeto de lei para frear a passagem da cota para mãos estrangeiras.
A iniciativa conseguiu o apoio de frigoríficos argentinos, bem como a Sociedade Rural Argentina (SRA), que manifestou interesse porque a proposta legislativa eleva a cota para a receita dos produtores para 15% da cota, segundo declarações de Luciano Miguens, presidente da SRA.
Por outro lado, mais precisamente na Província de Buenos Aires, espera-se a anunciada proposta sobre pecuária e carnes elaborada pelo Ministério de Assuntos Agrários e que também inclui um capítulo referente à cota Hilton e as restrições de sua passagem a mãos estrangeiras. A proposta deverá ser apresentada na segunda semana de novembro.
Há ainda funcionários do atual Governo e potenciais funcionários do novo Governo da Argentina que consideram a “estrangeirização” da cota Hilton um exagero. Nesta linha, afirma que não tem importância a nacionalidade do frigorífico na questão, porque “todo o processo fica na Argentina”. Com isso se referem à compra de gado, mão-de-obra gerada e às exportações da cota européia, que seguem passando para as contas nacionais não importando a bandeira.
Para os defensores da indústria nacional, o problema está no fato de que a renda ficará em mãos de capitais estrangeiros, remessas que em algum momento serão voltados ao exterior, por um benefício que a Argentina tinha. Isso sem mencionar a potencial entrada no mercado dos Estados Unidos.
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No parece una manera razonable de mirar los hechos económicos. Este tipo de análisis fomentan sentimientos y formas de razonamientos que no favorecen a la actividad económica.
En Uruguay podría pensarse lo mismo. La inversión brasileña en plantas frigorìficas en el país, ha sido beneficioso para ambos socios, pero la cuota Hilton, o cualquier otro beneficio que se haya adquirido con estas operaciones, no afectan los intereses de los uruguayos que participan como abastecedores o proveedores de las empresas brasileñas