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Brasil e Itália continuam negociando acordo

Os governos brasileiro aguarda para este ano um acordo fitossanitário para facilitar a exportação de produtos agrícolas e carnes do Brasil para a Itália. Apesar do Governo Federal negar. O governo e empresários de Santa Catarina negociam há dois anos a venda de novilhos para engorda na Itália, e têm a expectativa de que o status do Estado como livre de febre aftosa sem vacinação facilite a negociação para a venda de carne suína.

Os governos brasileiro aguarda para este ano um acordo fitossanitário para facilitar a exportação de produtos agrícolas e carnes do Brasil para a Itália. Apesar do Governo Federal negar. O diretor-executivo do Sindicarnes (SC), Ricardo Gouveia, e a assessoria do vice-governador Leonel Pavan (PSDB) asseguram que a visita da vice-ministra italiana de Saúde, Francesca Martini estava marcada para tratar da possível exportação brasileira de bezerros em pé e carne suína, e foi cancelada sob alegação de que o ambiente diplomático era desfavorável, com o conflito provocado pelos dois governos devido à decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de dar asilo político ao ex-militante de esquerda radical Cesare Battisti.

Em contatos com o governo brasileiro na quinta-feira, autoridades italianas se apressaram em confirmar o interesse em uma futura visita e na assinatura do acordo fitossanitário, e garantiram que não chegou a haver um cancelamento oficial da visita, que não estaria ainda programada na agenda da vice-ministra.

Os encarregados da negociação, que prossegue em nível técnico, vêm se baseando nas declarações públicas do primeiro-ministro da Itália, Sílvio Berlusconi, que emitiu nota afirmando que o caso Cesare Battisti não deve afetar “as excelentes e amistosas relações entre Itália e Brasil, em todos os setores” e afirmou que o meio natural para a discussão seria o “jurídico”, onde o governo italiano pede a extradição de Battisti.

O governo e empresários de Santa Catarina negociam há dois anos a venda de novilhos para engorda na Itália, e têm a expectativa de que o status do Estado como livre de febre aftosa sem vacinação facilite a negociação para a venda de carne suína. Já tinham preparado até uma palestra sobre as condições sanitárias do Estado para a vice-ministra que não veio ao país, como esperavam.

A matéria é de Sergio Leo, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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