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Brasil e Rússia estudam certificação de produtos brasileiros para evitar impasses em negociação

As pendências com a Rússia decorrem de diferenças conceituais e climáticas. Algumas práticas proibidas na Rússia são livres no Brasil, por exemplo a cobertura de currais e uso do cloro. Durante algum tempo foi mostrado, com dificuldade, a equivalência de procedimentos que o Brasil mantém em relação ao que a Rússia pratica.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está negociando com técnicos e autoridades da Rússia a elaboração de um manual de procedimentos para certificação dos produtos exportados para o país europeu. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Ênio Pereira, a ideia é evitar impasses com o mercado russo. No final do ano passado, os russos retiraram o embargo à carne de três estados brasileiros. O país deixou de comprar o produto brasileiro por divergências entre as regras sanitárias.

Segundo Pereira, as pendências com a Rússia decorrem de diferenças conceituais e climáticas. Ele citou que algumas práticas proibidas na Rússia são livres no Brasil, por exemplo a cobertura de currais e uso do cloro. Durante algum tempo foi mostrado, com dificuldade, a equivalência de procedimentos que o Brasil mantém em relação ao que a Rússia pratica, para dizer que o Brasil na prática cumpre as exigências, com base no clima, e portanto, dentro do que os russos esperam. O secretário informou ainda que será solicitado aos ministros das áreas sanitárias dos países que adotem procedimentos capazes de resolver os equívocos.

A comitiva russa participa da 2ª Reunião do Comitê Agrário Brasil-Rússia, que vai discutir questões como a elaboração e o uso de vacinas. No encontro, iniciado na manhã de segunda (18), foi debatido acordo sobre regras fitossanitárias que vai permitir a importação de trigo da Rússia e a cooperação para a exportação de farelo de soja para aquele país. Segundo o ministério, o documento final será assinado hoje (20) pelo ministro Mendes Ribeiro Filho e pelo ministro da Agricultura da Rússia, Nikolay Fedorov.

Fonte: Exame, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. Francisco de Assis F. Rodrigues disse:

    Uma bela iniciativa, anteriormente a carne bovina exportada para Russia, era certificada nos mesmos moldes da exportada para UE, mas os Frigorificos exigiram do MAPA sua exclusão da lista dos paises que exige rastreabilidade (conflitos de interesses), como vemos, estavamos antecipados a um fato que era inevitável, “qualidade e credibilidade”, agora, esperamos que seja feito uma trabalho de rastreabilidade e certificação por quem entende e sem conflitos de interesses, para que futuramente não tenhamos nossos produtos rejeitados, causando enormes prejuízos para o produtor brasileiro e para a nossa balança comercial, sabemos que o MAPA não tem pessoal para executar este trabalho mas que não seja entregue para entidades geradoras de conflitos como estão pleiteando ao SISBOV. Rogamos ao MAPA que veja a atitude dos Russos como um alerta, antes de fazer qualquer modificação no SISBOV que possa gerar conflitos de interesses. A “grande maioria” dos produtores brasileiros não aguenta mais estes constantes prejuizos, ocasionados pelas constantes mudanças nas nossas leis, imperadas por um pequeno grupo. Não tenhamos dúvidas de que temos de implementar medidas mais consistentes e que imprimam qualidade em nossa carne e não conflitantes, portanto inconsistentes.