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Brasil exporta sêmen para Venezuela e Colômbia

A Lagoa da Serra, uma das maiores centrais de inseminação artificial do País, embarcará nos próximos dias pelo menos 30 mil doses de sêmen congelado para Venezuela e Colômbia. O volume representa 30% da meta de exportação da empresa para este ano, que foi revisada de 50 mil para 100 mil doses.

“Este foi um dos primeiros passos da Lagoa da Serra rumo ao mercado externo. Estive durante algumas semanas na Colômbia, Costa Rica, Venezuela e Angola, onde mantive diversos contatos com empresários locais que podem se tornar parceiros da Lagoa”, disse o gerente de desenvolvimento, Maurício José de Lima.

A empresa brasileira acertou a distribuição de suas doses com a Inseminar de Colombia, que já representa a Holland Genétics naquele país, controladora da Lagoa da Serra. “Já existe um protocolo sanitário entre Brasil e Colômbia e o mercado lá é exclusivamente para sêmen de animais da raça gir leiteiro. Vamos exportar para o mercado colombiano 10 mil doses nos próximos dias”, afirmou Lima.

Além da Colômbia, foi acertado também na América do Sul a exportação de 20 mil doses para a Venezuela, um forte mercado para sêmen de animais da raça nelore.

Apesar dos bons resultados obtidos na América do Sul, o executivo considera que na América Central existem alguns problemas que ainda precisam ser solucionados. “Tivemos uma reunião com o serviço autônomo de sanidade animal da Costa Rica e detectamos barreiras sanitárias naquele país, que na verdade servem para impedir a entrada de material genético no continente”.

Segundo ele, a América Central é livre de febre aftosa e existe uma preocupação muito grande para barrar a entrada de possíveis transmissores. Da mesma forma que o nitrogênio líquido mantém vivo o sêmen, ele é capaz de manter vivo o vírus da doença em casos em que a coleta é feita de animais contaminados.

Protocolo sanitário

Para entrar na América Central, que possui todos os critérios de restrição dos Estados Unidos, a estratégia é solicitar ao Centro Pan Americano de Febre Aftosa, no Rio de Janeiro, para que sejam estudadas modificações no protocolo sanitário dos países. Dessa forma as exportações passariam a ser viabilizadas. “A grande vantagem é que a Costa Rica poderá vir a ser a porta de entrada do sêmen brasileiro para os demais países da América Central (Honduras, Guatemala, El Salvador etc), um grande mercado, devido a um acordo de livre comércio entre estas nações”, afirmou.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Alexandre Inacio), adaptado por Equipe BeefPoint

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