Brasil exportará material genético de gado zebu para a África do Sul
Negócios dependem de assinatura de acordo sanitário entre os dois países, que deve estar concluído até o início de 2004.
As comercializações externas de material genético (sêmen e embriões) do rebanho zebuíno brasileiro para a África do Sul devem ser abertas a partir do próximo ano. As negociações entre os dois países começaram no início de setembro durante reunião entre o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), José Olavo Borges Mendes, o diretor de Relações Internacionais da entidade, Sílvio de Castro Cunha Júnior, e a representante do Ministério da Agricultura sul-africano Mariètta Bronkhost. Ela recebeu o projeto de mudanças no protocolo sanitário, que regulamenta a comercialização de material genético bovino entre os dois países. As alterações no acordo referem-se a medidas específicas como técnicas de diagnósticos de doenças e exames obrigatórios para exportação. A revisão no protocolo sanitário será comandada pelo Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária do Brasil.
A África do Sul é um dos países-alvo do núcleo de exportação Brazilian Cattle Genetics (BCG). Parte dos R$ 2,6 milhões, liberados na semana passada pela agência do governo federal Apex e pela ABCZ, serão utilizados para custear em 2004 a divulgação da genética zebuína na Pretoria International Show, feira sul-africana que acontece entre os meses de agosto e setembro. A exposição é um dos eventos locais mais importantes e este ano reuniu mais de 600 expositores do segmento comercial, industrial e agropecuário. “Nos últimos anos, recebemos diversas delegações sul-africanas interessadas em conhecer o potencial da nossa pecuária e levar material genético. Com o novo protocolo sanitário vamos poder recuperar esse nicho de mercado que até agora está fechado devido às barreiras sanitárias”, afirma o presidente da ABCZ. A África do Sul, com rebanho de 13,5 milhões de cabeças, vem demonstrando grande interesse em levar sêmen e embriões de animais zebuínos, mas a venda externa ainda é proibida devido à falta de acordo fitossanitário, que agora deve ser equacionado.
Fonte: Assessoria de imprensa da ABCZ
