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Brasil fecha fronteira com Paraguai

A fronteira do Brasil com o Paraguai está fechada indefinidamente devido a suspeita de febre aftosa no município de Corpus Christi, província de Canindeyu, que faz divisa com Mato Grosso do Sul. Com a medida, tomada ontem (24) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ficam proibidas as importações de animais vivos suscetíveis à aftosa, produtos e subprodutos. A suspeita de possíveis focos da doença foi comunicada ao ministério na noite de segunda-feira (23), por correspondência enviada pelo presidente do Serviço Nacional de Controle e Sanidade Animal do Paraguai (Senacsa), Geraldo Bogado.

Já foram realizados exames do material coletado dos animais doentes, contudo, segundo fontes extra-oficiais, o governo paraguaio ainda nega que a doença seja aftosa. O resultado da sorologia foi divulgado nesta terça-feira e deu negativo para aftosa, mas positivo para rinotraqueíte infecciosa bovina. O governo brasileiro foi comunicado dos resultados, mas vai manter a barreira, pois tem a informação de que faltam os exames da coleta de tecido dos bovinos. “Não podemos correr o risco do vírus entrar no território nacional”, afirmou o ministro Pratini de Moraes.

Para evitar a contaminação do gado brasileiro, o Mapa pediu apoio do Exército na vigilância das áreas fronteiriças. No Mato Grosso do Sul a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), aumentou a vigilância e solicitou ajuda da Polícia Militar, além de antecipar a terceira etapa de vacinação antiaftosa em bovinos (prevista para novembro) nos municípios de Sete Quedas, Japorã e Paranhos, que possuem rebanho de quase 300 mil animais.

O Paraguai é considerado área livre de aftosa sem vacinação desde 1998 e, segundo dados da Delegacia Federal de Agricultura, desde fevereiro entraram no Mato Grosso do Sul mais de 28 mil bovinos importados do país vizinho.

Pratini solicitou ainda uma reunião de urgência com os técnicos do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) e representantes do serviço oficial de vigilância sanitária do Paraguai para avaliar a situação.

Fonte: Correio do Povo/RS, Diário Popular/RS, Gazeta Mercantil (por Neila Baldi), Correio do Estado (por Rosana Siqueira), Jornal do Comércio/RS e Campo Grande News (por Fernanda Mathias), adaptado por Equipe BeefPoint

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