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Brasil Foods prevê novas aquisições na América Latina

Segundo Wilson Mello, a Brasil Foods após adquirir duas empresas na Argentina, está buscando oportunidades para produzir e processar nos segmentos de frangos, suínos, bovinos e leite em outros países da região.

A Brasil Foods pretende realizar novas aquisições na América Latina como parte de sua estratégia de internacionalização, disse à Reuters nesta sexta-feira o vice-presidente de Assuntos Corporativos da companhia, Wilson Mello.

Segundo ele, a Brasil Foods, após adquirir duas empresas na Argentina, está buscando oportunidades para produzir e processar nos segmentos de frangos, suínos, bovinos e leite em outros países da região.

“A América Latina está inserida em nosso plano de investimentos. A Argentina foi o primeiro passo e estamos buscando mais oportunidades”, disse Mello, que evitou especificar em quais países a empresa está interessada.

A Brasil Foods conta com 4 bilhões de reais em caixa e baixo nível de endividamento, o que facilita seus planos de investimentos e acesso a financiamentos, disse o executivo.

Esta liquidez deve aumentar depois que a empresa cumprir as vendas de ativos previstas pelo órgão antitruste brasileiro, o Cade, como condição para aprovar a fusão entre a Perdigão e a Sadia, que criou a companhia.

“Buscamos países emergentes com uma economia crescente, com democracia e instituições sólidas e que tenham capacidade de crescer como o Brasil, a Argentina”, disse Mello.

“Buscamos oportunidades que tenham relação com nosso negócio. Não vamos sair do nosso ´core business´. Estamos buscando oportunidades na indústria de alimentos, basicamente na indústria de proteínas: frango, peru, suíno, bovino e leite”, acrescentou.

A Brasil Foods teve lucro líquido de 498 milhões de reais no segundo trimestre deste ano, 190% superior ao registrado em igual período do ano passado, puxado pela forte demanda interna.

O plano estratégico da BRF, que controla cerca de um quarto do mercado global de aves, prevê duplicar o faturamento da empresa entre 2010 e 2015, através do crescimento orgânico e de aquisições.

A BRF tem plantas processadoras na Grã Bretanha, Holanda e Rússia. Em breve, abrirá plantas nos Emirados Árabes Unidos e prevê outra para a China a partir de 2012.

Segundo ele, na joint venture com a companhia chinesa Dah Chong Hong, a BRF exportará matéria-prima para terminar o processamento de frangos e suínos numa fábrica local em parceria com o grupo chinês, que já tem o controle da distribuição no país.

Com relação à venda de ativos, em cumprimento ao acordo firmado no Cade, o compromisso é concluir a operação até o final do primeiro semestre de 2012, prazo que deverá ser respeitado, segundo Mello. O banco BTG Pactual foi contratado para assessorar a BRF na operação.

Recentemente, analistas de mercado vêm elevando suas recomendações para a BRF, justamente pelos ganhos esperados em sinergias.

“Já divulgamos as informações necessárias para despertar o interesse de potenciais compradores e agora estamos aguardando esta análise”, afirmou. “Estamos com o processo andando e seguindo o curso natural”, acrescentou.

Fonte: jornal O Estado de SP, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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