Os investimentos do governo em defesa agropecuária para 2005 vão ser de pelo menos R$ 150 milhões, 70% acima do valor desembolsado em 2003, antecipou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No governo e na iniciativa privada, a avaliação é de que os olhos do mundo estão em cima do Brasil e é preciso estar preparado para manter a qualidade na produção e evitar as barreiras impostas contra as exportações brasileiras.
O secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, disse que este ano o orçamento, inicialmente definido em R$ 68 milhões, foi ampliado, no fim do segundo semestre, para R$ 112 milhões. Em 2003, o valor foi R$ 89 milhões. Segundo ele, a liderança do Brasil na exportação de carnes em geral exige maior atenção aos produtos brasileiros. Tadano disse que o orçamento para 2005 vai superar R$ 150 milhões.
Os recursos do Ministério da Saúde envolvem gastos laboratoriais, apoio nos Estados e para as Regiões Norte e Nordeste.
Na iniciativa privada, a avaliação é que a questão tem de ser encarada tanto pelo poder público quanto pelas próprias empresas. Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, os frigoríficos brasileiros estão usando a tecnologia disponível para minimizar os riscos na produção, garantir produto de qualidade e não dar condições de alegarem (no exterior) barreiras contra as exportações brasileiras.
Não há estimativa geral do valor gasto pelas empresas com sanidade e segurança da produção, mas representantes das indústrias indicam que estes investimentos vêm aumentando. “É uma preocupação crescente”, diz o diretor comercial do Independência Alimentos, André Skrimunt.
A empresa é a terceiro maior exportadora de carne bovina em cortes do País. As vendas externas respondem por cerca de 80% do faturamento, que este ano deverá ficar entre US$ 280 milhões a US$ 300 milhões.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Nilson Brandão Júnior), adaptado por Equipe BeefPoint