O Brasil acaba de completar dois anos sem registro de focos de febre aftosa em seu território.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Amauri Dimarzio, a conquista é importante porque o mercado internacional de carne bovina é dependente da situação sanitária dos países exportadores, especialmente no que se refere à ausência da doença.
“O Brasil, que é um dos principais fornecedores de carne bovina do mundo, tem hoje reconhecimento internacional de 84% das propriedades e 50% do território nacional como livres de febre aftosa”, informou o diretor do Departamento de Defesa Animal, João Cavallero.
Segundo o diretor, ainda este ano o Brasil irá declarar o Acre e o centro-sul do Pará como zonas livres da doença com vacinação. Em maio de 2004, o Mapa solicitará o reconhecimento destas duas áreas como zonas livres junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Cavallero adiantou que nos próximos dias 28 e 29 participará de uma reunião do Comitê Veterinário Permanente do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), em Buenos Aires, Argentina, para discutir o programa de erradicação da febre aftosa no Cone Sul. “Antes, vamos discutir internamente qual seria a contrapartida brasileira no processo de erradicação”.
Ele acrescentou que uma parceria com os países vizinhos no controle da doença será fundamental para iniciar um processo de reconhecimento de zona livres sem vacinação para o Brasil.
A estimativa do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) é da erradicação da doença na América do Sul até 2009. Para Cavallero, somente quando o Brasil assumir a vacinação fora da fronteira da Bolívia e do Paraguai é que vai conseguir erradicar a doença na região.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Gazeta Mercantil (por Neila Baldi), adaptado por Equipe BeefPoint