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Brasil: OIE analisa pedido de reavaliação de risco para ´vaca louca´

O pedido de reavaliação de risco, enviado no dia 28 de outubro, será analisado pela OIE neste mês, em Paris. Se houver sustentação técnica, o processo será, então, submetido à Comissão Científica da OIE.

Após duas tentativas frustradas de melhorar o status para a doença da “vaca louca” na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o Ministério da Agricultura acredita ter, finalmente, cumprido todas as medidas fitossanitárias exigidas para voltar ao melhor nível de avaliação de risco – o nível 1.

Apesar do otimismo brasileiro, o processo é complexo. O pedido de reavaliação de risco, enviado no dia 28 de outubro, será analisado pela OIE neste mês, em Paris. Se houver sustentação técnica, o processo será, então, submetido à Comissão Científica da OIE. Mas somente em fevereiro de 2012.

Caso seja “validado”, o pedido será submetido, por 60 dias, à análise dos 187 países-membros da organização em uma espécie de consulta pública. Apenas com a aprovação de todas as nações, sem exceção, a reunião plenária da OIE, marcada para maio de 2012, selará o destino do requerimento.

O principal benefício da eventual aprovação na OIE será a liberdade para exportar para novos mercados, principalmente a cobiçada União Europeia.

Atualmente, o Brasil está entre os países com classificação de risco 2 para a doença, considerado “risco controlado”. O nível 1, objetivo perseguido pelo Ministério da Agricultura, significa “risco insignificante” para a enfermidade. Em 2009, o governo enviou um relatório à OIE na tentativa de reclassificar esse status. A OIE, no entanto, respondeu, à época, que ainda não seria possível melhorar a classificação brasileira. Mas não detalhou os porquês da recusa.

No processo agora apresentado à OIE, o ministério alega que o país nunca registrou casos da doença e cumpriu uma série de exigências para solicitar o reconhecimento. Os principais processos de profilaxia colocados em prática foram a esterilização da farinha de carne usada como ração animal e o rastreamento do gado importado. Ao todo, 3.650 veterinários oficiais, federais e estaduais fazem parte do sistema de defesa sanitária animal. Ao longo de sete anos, entre 2004 e 2010, período pedido pela OIE, foram coletadas 22.986 amostras para o teste da “vaca louca”.

A diferença da nova tentativa em relação às anteriores, segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Guilherme Marques, é que não houve, na série histórica nos últimos sete anos – período de incubação da doença -, nenhuma importação de animais vivos ou farinha de países considerados de risco para a doença. “Somado com todo o esforço e investimento, nós temos convicção de que o sistema produtivo brasileiro é seguro em relação a essa enfermidade e tem plena condição de ser reconhecido de risco negligenciável”, acredita ele.

O diretor do Departamento de Saúde Animal diz que a situação desse ano é diferente das demais tentativas. “Nossas informações são robustas”, diz Marques.

Fonte: jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. JOSE FRANCISCO SOARES ROCHA disse:

    Interessante de se observar que, o Brasil apesar de nunca ter ocorrido casos efetivos em seu territorio, tem um status muito parecido com paises com casos efetivos de ocorrência em seu territorio.

  2. Miguel da Rocha Cavalcanti disse:

    Interessante lembrar que apenas um animal pode causar um problema terrível. Os EUA tiveram um caso em 2003 de apenas uma vaca de leite importada do Canadá. E isso atrapalhou muito o mercado de lá.

    Aqui no Brasil, o problema foi a grande importação nos anos 90 e 2000 de animais para plantéis de alta genética de reprodutores de países que tiveram casos de BSE depois. Em muitos casos, o Brasil não conseguiu rastrear esses animais importados.

    Por isso nossa classificação de risco não é tão boa.

    Abs, Miguel

  3. JOSE FRANCISCO SOARES ROCHA disse:

    Concordo que a lição de casa tem que ser bem feita,mas somos morosos e complacentes demais na defesa de nossas relações comerciais internacionais,temos tomado muita rasteira,veja o recente caso da Russia.O nosso peso hoje na concorrencia internacional com alguns produtos é forte,não irão nos dar moleza !