A exclusão de Mato Grosso do Sul da lista de estados livres de aftosa com vacinação gerou um afrontamento entre Brasil e Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) na reunião em Paris. O impasse terminou com a determinação de um prazo de 60 dias para o governo brasileiro apresentar um novo dossiê.
A exclusão de Mato Grosso do Sul da lista de estados livres de aftosa com vacinação gerou um afrontamento entre Brasil e Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) na reunião em Paris.
O Brasil chegou a retirar seu delegado, Jamil Gomes, da conferência anual da entidade, como pressão para o comitê científico incluir o estado. O presidente do comitê, o italiano Vincenzo Caporale, reagiu ontem em plenário, insistindo que na OIE só podia haver pressão “técnica”.
O impasse terminou com a determinação de um prazo de 60 dias para o governo brasileiro apresentar um novo dossiê. Um dos problemas levantados pelo comitê foi que o estado rastreou até agora 300 mil de um total de 800 mil cabeças de gado. Para um influente participante, dificilmente o Mato Grosso do Sul vai obter em julho o status.
O secretário de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, limitou-se a confirmar que o país fez “todas as pressões éticas e técnicas”.O ministério também procurou a garantia do governo paulista de que não vai bloquear carne e gado de Mato Grosso do Sul. São Paulo é o maior comprador desse Estado. Segundo João Sampaio, secretário da Agricultura paulista, “serão mantidos os rígidos controles já aplicados”
As informações são do Valor Econômico.