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Brasil quer consolidar mercado da carne em Dubai

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes vai participar de dois eventos no emirado em fevereiro. Um deles é a feira do setor alimentício Gulf Food e o outro um workshop com rodadas de negócios e churrasco de carne bovina brasileira com certificação halal.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) vai participar pela primeira vez de uma feira do setor de alimentos em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e realizar um workshop para clientes e potenciais compradores em um hotel da cidade. “A escolha de Dubai partiu do feeling da maioria de nossos associados sobre a estrutura do emirado e as condições operacionais estratégicas”, disse o diretor-executivo da entidade, Antonio Jorge Camardelli.

A feira é a Gulf Food, que vai ocorrer entre os dias 19 e 22 de fevereiro. Já o workshop será realizado no dia 22, com apoio da embaixada do Brasil nos Emirados. Segundo Camardelli, além do consumidor local, as empresas brasileiras estão de olho no potencial representado pelos turistas que visitam o país e por nações vizinhas, já que Dubai pode ser utilizado como centro de distribuição para outros destinos na região.

“Estamos vislumbrando um mercado mais dinâmico, que pode ser no futuro uma central de distribuição para outros países, inclusive o Iraque”, afirmou Camardelli. Daí a realização de duas estratégias de promoção comercial: a participação na feira e o workshop. Isto vai permitir às empresas ter contato com toda a cadeia de potenciais clientes, como traders, atacadistas, varejistas, restaurantes, hotéis e serviços de alimentação de companhias aéreas. Os dois eventos serão desenvolvidos em parceria com a Agência de Promoção das Exportações e Investimentos do Brasil (Apex).

De acordo com a gerente de marketing da Abiec, Andréa Veríssimo, será realizada uma rodada de negócios entre as empresas brasileiras e locais, depois haverá um evento para a imprensa e uma apresentação feita pelo presidente da entidade, Marcus Vinícius Pratini de Morais.

Segundo Andréa Veríssimo, a realização de workshops como este traz uma série de vantagens. “Primeiro o investimento é menor do que em uma feira e o evento é focado só na carne brasileira. Na feira você tem ao lado seus concorrentes disputando espaço, no workshop o contato com o cliente é intensivo”, disse. São esperados entre 200 e 300 convidados.

De acordo com ela, a eficácia dos churrascos já foi comprovada em seis eventos semelhantes realizados anteriormente, dois no Egito, um na Argélia e dois na Bulgária. O Egito e a Argélia estão hoje entre os 10 maiores compradores de carne bovina do Brasil.

Para avalizar sua decisão de investir em Dubai, a Abiec preparou um estudo que mostra que as vendas para os Emirados Árabes têm aumentado ano a ano de maneira significativa, tanto em termos de volume, quanto no que diz respeito ao faturamento. No ano passado, os embarques de carne bovina brasileira ao país renderam US$ 35,5 milhões, de acordo com o Mapa, ante US$ 20,4 milhões em 2005.

Segundo a Abiec, em 2005 o Brasil teve uma participação de 66% nas importações de carne bovina dos Emirados, em termos de volume, e de 42% em faturamento, sendo que, em 2001, esta participação era apenas de 7% tanto em quantidade quanto em receitas. Os principais concorrentes do Brasil são Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, China e África do Sul.

Além da qualidade, o preço é um dos grandes diferenciais do Brasil. Segundo a Abiec, em 2005 o país exportou carne congelada aos Emirados por US$ 2.574 a tonelada, enquanto que os EUA venderam a US$ 7.556 a tonelada e a Austrália a US$ 4.415. No caso da carne fresca ou refrigerada, os preços médios por tonelada praticados em 2005 foram US$ 2.784 pelo Brasil, US$ 5.807 pela Nova Zelândia, US$ 7.709 pelos Estados Unidos e US$ 9.233 pela Austrália, de acordo com a Abiec.

As informações são Alexandre Rocha, da Agência de Notícias Brasil Árabe.

0 Comments

  1. Jhones Onorino Sarturi disse:

    Bom dia…acredito que são eventos como esse que nos colocam à frente no mercado e conseqüentemente, dos negócios, pois só faz compra ou venda quem está no “mexe”….

    Agora, uma coisa que eu fico indignado sempre que eu lembro ou vejo alguma coisa escrito a respeito: Os Estados Unidos vendem seu produto por um valor 5 vezes mais caro que o do Brasil. A Austrália vende seu produto por um valor 3 vezes mais caro que o Brasil…..e assim por diante…

    Então vejamos meus amigos, que o problema não é o preço, pois quem compra nossa carne com certeza tem dinheiro para pagar! Eu tenho repúdio de pessoas que colocam como aspecto principal o preço das coisas (por isso somos pobres, pois pensamos como pobres). Está na cara que o diferencial para a venda de carne não é só preço, e precisamos parar de ficar insistindo nisso, caso contrário daqui alguns anos estaremos dando nossos produtos de graça!

    O diferencial está na qualidade do que se vende e sobre tudo na arte de negociar e saber vender o que temos na mão. De nada adianta ser o maior exportador mundial, quando na verdade os compradores estrangeiros estão dando é risada da nossa falta de confiança.