Atacado – 01/02/11
1 de fevereiro de 2011
Mercados Futuros – 02/02/11
3 de fevereiro de 2011

Brasil quer facilitar investimento externo em terras

O Brasil busca flexibilizar as regras para estrangeiros comprarem terras no País, afirmou à Reuters o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, nesta terça-feira, 1. "Queremos separar o joio do trigo", afirmou ele, referindo-se a uma medida que poderia distinguir investimentos estrangeiros produtivos daqueles especulativos. "Há necessidade de um tratamento diferente para aqueles que querem agregar valor", acrescentou.

O Brasil busca flexibilizar as regras para estrangeiros comprarem terras no País, afirmou à Reuters o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, nesta terça-feira, 1. “Queremos separar o joio do trigo”, afirmou ele, referindo-se a uma medida que poderia distinguir investimentos estrangeiros produtivos daqueles especulativos. “Há necessidade de um tratamento diferente para aqueles que querem agregar valor”, acrescentou.

O Brasil continuará a restringir aquisições de terras por fundos, mas recebe bem investimentos que criem empregos e gerem receitas para as exportações, segundo o ministro. No ano passado, o governo editou uma regra que limita aquisições por estrangeiros. O movimento seguiu crescentes preocupações entre autoridades sobre o avanço de estrangeiros em terras no Brasil, particularmente da China.

O ministro disse ainda que o Brasil rejeita a proposta da França de endurecer a regulamentação nos mercados de commodities contra a volatilidade de preços. A proposta da França apenas interessa a nações industrializadas importadoras de alimentos e poderia abafar a produção agrícola nos países mais pobres, disse Rossi.

Ele disse também que o governo brasileiro quer reduzir a burocracia, ampliar linhas de crédito para pecuaristas e considera a desoneração do PIS/Cofins para o setor de café. “Há muita burocracia e burocratas”, afirmou, citando as ações que estão sendo tomadas para eliminar várias exigências feitas aos produtores.

A reportagem é do jornal O Estado de S.Paulo, adaptada pela Equipe FarmPoint.

0 Comments

  1. wiliam contelli disse:

    por que nao flexibilizar os interesses dos produtores brasileiros ? sera que nos somos incapazes de produzir , gerar emprego , renda e exportar nossa produçao. acho que essa politica deveria começar pelos produtores desse país nao pelos estrangeiros.

  2. Marcos Francisco Simões de Almeida disse:

    Sabem porque eles são mais eficientes do que nós? Porque o juros agrícola lá é ZERO, enquanto aqui é 50% ACIMA DA INFLAÇÃO. Ainda há pessoas que dizem que os juros agrícolas no Brasil é subsidiado. Como podemos concorrer com eles?
    O Vanderlei resumiu bem: PRECISAM VER COMO NOS TRATAM LÁ FORA, SOMOS TERCEIROMUNDISTAS.
    “O BRASIL ANTES DE SER UM PAÍS DE TODOS TEM QUE SER DOS BRASILEIROS”
    (viram o lucro do banco Santander divulgado ontem? 138% acima de 2009, depois de deduzidos a parcela relativa ao ágio pela aquisição. ESTE PAÍS NÃO É SÉRIO)

  3. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Pelo visto sou opinião divergente. Como brasileiro e produtor rural vejo com bons olhos o interesse dos estrangeiros. Afinal contribuem para a valorização das terras e do meu patrimônio. Não tenho medo de concorrer com eles e creio que posso absorver novas idéias. Não vejo diferença entre aquisição por estrangeiros de imóveis rurais, urbanos, industrias ou ações de empresas. Não há como exportarem nossas terras, so sua produção, e o importante é que produzam, empreguem e paguem os impostos. Nestas condições não vejo diferença para a sociedade quem seja o dono. E ao trazerem suas economias para o Brasil ampliam a capacidade de investimento do pais.

  4. José Roberto Puoli disse:

    Boa tarde Miguel,
    Concordo e penso exatamente igual ao José Ricardo. Qual é o problema dos chineses virem aqui, comprarem terra e produzir. ELES ESTARÃO TRABALHANDO SOB NOSSAS LEIS. O grande patrimônio que é o solo, fica aqui, é impossível leva-lo embora. Imaginem se somente brasileiros pudessem comprar terreno e construir uma fábrica sobre ele. Estaríamos perdidos. Imaginem o bairro da Liberdade em São Paulo, uma área enorme totalmente tomada pelos japoneses. E daí, qual é o prblema. Será que alguém pensa que o Japão vai criar um pequeno estado dentro do nosso Estado.
    Não à xenofobia e sim à nossa tremenda capacidade de produzir alimentos e interagir com todos os tipos de povos.
    Abração
    limão