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23 de novembro de 2011
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23 de novembro de 2011

Brasil quer reduzir burocracia em certificação de carne para UE

O Brasil está solicitando à União Europeia que retire a exigência de que a lista de fazendas aprovadas para fornecer bovinos para abate e venda da carne in natura ao bloco seja publicada no diário oficial europeu.

O Brasil está solicitando à União Europeia que retire a exigência de que a lista de fazendas aprovadas para fornecer bovinos para abate e venda da carne in natura ao bloco seja publicada no diário oficial europeu. Essa é uma das fases do processo de certificação das unidades rastreadas e cujos dados fazem parte do Sisbov.

Segundo o diretor de Programas do Ministério da Agricultura, Ênio Marques, a publicação no diário oficial europeu é desnecessária. A intenção do Brasil é reduzir a burocracia no processo. Marques esteve em Bruxelas, ontem, discutindo o tema na DGSanco, a Direção-Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia. Ele disse que os europeus reconheceram que houve avanços no sistema brasileiro de rastreabilidade nos últimos anos. Agora, o Brasil enviará correspondência ao órgão solicitando o fim da exigência.

Desde o início de 2008, a UE exige que apenas uma lista restrita de fazendas, com a rastreabilidade comprovada no Sisbov, forneça animais para abate e venda ao bloco. A UE alegou falhas no sistema de rastreabilidade do gado bovino no Brasil como razão para as exigências. Por conta da medida, hoje, pouco mais de duas mil propriedades brasileiras são autorizadas a fornecer ao bloco.

Fonte: jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Ah bom, devia ter umas 30.000 fazendas esperando só a publicação da lista para venderem boi rastreado.

    Agora vai ser uma avalanche de ERAS.

    Como dizia o imortal Bussunda, fala sééério…

  2. Aécio Witchs Flores disse:

    O Brasil começa a dar os primeiros passos para se tornar um mercado maduro no que tange segurança alimentar. Não podemos pensar que nossos processos de controle devem ser os mesmos que há 30 anos e que isso basta. Parabéns ao MAPA e ao Dr. Enio Marques.

  3. Luciano Medici Antunes disse:

    Desde o início do Governo Dilma temos visto um trabalho muito bem conduzido dentro do MAPA. Há planejamento e visão de futuro. O que está exposto nesta notícia será um grande avanço para o SISBOV. Teria um efeito enorme na "moral" das tropas, pela confiança reconquistada e agilizaria os processos de entrada de propriedades.

    O que atrasou o SISBOV até hoje não foi a questão técnica ou de execução mas sim a "Espada de Damocles" que pendia perigosamente sobre o sistema, na ameaça de matá-lo a qualquer minuto.

    Basta o mercado voltar a confiar na não extinção do programa para que as adesões em grande número retornem. Grande notícia para a pecuária brasileira que só tem a ganhar com estes avanços.   

  4. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Infelizmente a alegação da UE de falhas graves no SISBOV pré 2008 era procedente. Todos nós sabemos. Mas ajustes foram feitos e já recebemos 4 missões desde então, onde puderam constatar os avanços realizados. São quase quatro anos. É mais que hora de acabarem com medidas de excessão, como a mencionada lista de propriedades.

    Mas isto apenas não basta para desburocratizar o SISBOV. Há muita mais coisa que pode ser feita nesta direção e não depende de aprovação prévia da UE. Muitas delas extremamente simples e de grande impacto.

    Espero que a cadeia chegue a um consenso e decida se quer aperfeiçoar o SISBOV ou abandona-lo. O pior para o setor é a indefinição.

    Att,