O Brasil vai rastrear a origem dos cerca de 4.200 bovinos importados, a partir de 1995, dos Estados Unidos e Canadá. A decisão foi anunciada ontem (08) pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Amauri Dimarzio, após presidir a primeira reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina.
“Vamos acompanhar esses animais até que sejam abatidos”, destacou. O monitoramento desse gado faz parte da estratégia brasileira de prevenção contra a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), o mal da “vaca louca”, detectada recentemente no rebanho bovino canadense.
De acordo com Dimarzio, o Mapa vai destinar entre R$ 300 e R$ 500 mil para comprar os equipamentos necessários ao rastreamento dessas cabeças. As empresas certificadoras cadastradas no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), acrescentou ele, vão certificar esses animais gratuitamente.
O secretário reafirmou também que, por enquanto, as importações de carne bovina dos EUA e do Canadá continuam suspensas.
Rastreabilidade
Ele informou ainda que cerca de 5 milhões e 326 mil animais já estão identificados na base nacional de dados do ministério e outros 12 milhões e 842 mil animais já foram cadastrados pelas certificadoras credenciadas pelo Mapa.
Durante a reunião, foi apresentada a criação do Sistema de Classificação de Bovinos no país. A idéia é torná-lo obrigatório em todos os animais abatidos nos estabelecimentos sob Inspeção Federal. A sugestão, que ainda depende de aprovação da Câmara Setorial da Carne Bovina, visa identificar os indicativos de qualidade do animal, como sexo e idade, peso e identificação da carcaça.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), adaptado por Equipe BeefPoint