Os Estados Unidos sofrem com mais intensidade as mudanças de cenários no mercado internacional de commodities do que o Brasil. Um exemplo é o balanço entre exportações e importações norte-americanas nesse setor no mês de janeiro. O país obteve o menor saldo para o período desde 2006.
Tradicionalmente um mês bom de saldo, o resultado entre exportações e importações de janeiro deste ano foi um superavit de apenas US$ 590 milhões, segundo dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Já no Brasil, mesmo com a forte desaceleração internacional de preços das commodities, o setor de agronegócio mantém o mesmo patamar do início de anos anteriores, conforme dados do Ministério da Agricultura.
A perda de participação dos norte-americanos ocorre devido a uma presença menor no mercado internacional em volume e a uma valorização do dólar, tornando o produto deles mais caro. Já o Brasil caminha no sentido inverso. O país consegue recordes de exportações em volume em praticamente todos os principias itens que produz e que exporta. É o caso de soja, milho, café e até alguns tipos de carnes.
De outro lado, a queda do valor da moeda brasileira dá mais competitividade ao produto nacional, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, devido à alta do dólar.
Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.