Estudo mostra os ganhos potenciais de uma liberalização mais ambiciosa no mercado internacional de produtos agropecuários para o Brasil. Divulgado pelo Abare, instituto de pesquisa da Austrália, aponta que o país é o exportador agrícola que mais vai ganhar se EUA e Europa fizerem amplos cortes nos subsídios e tarifas na Rodada de Doha.
Notícia do Valor Econômico informa que estudo mostra os ganhos potenciais de uma liberalização mais ambiciosa no mercado internacional de produtos agropecuários para o Brasil. Divulgado pelo Abare, instituto de pesquisa da Austrália, aponta que o país é o exportador agrícola que mais vai ganhar se EUA e Europa fizerem amplos cortes nos subsídios e tarifas na Rodada de Doha.
O comércio agrícola mundial poderia crescer US$ 47 bilhões dentro de dez anos, no caso de uma negociação global mais ambiciosa. Os membros do Grupo de Cairns ficariam com quase metade, ou US$ 20 bilhões, do total desse incremento de vendas. Nesse cenário, o Brasil deverá se apropriar de quase 40% dos benefícios produzidos pela Rodada para o Grupo de Cairns.
Em um quadro de maior liberalização, o valor da produção da agropecuária brasileira cresceria 11,9%; em cenário de menor abertura, a expansão seria de 2,6%. O valor da produção do Brasil está ao redor de US$ 60,5 bilhões (valor de 2005). No cenário mais favorável, o ganho seria de US$ 7,2 bilhões, e no menor seria de US$ 1,6 bilhão. as exportações com mais potencial para aumentar, com uma reforma global, são carne bovina, açúcar, complexo soja, arroz, trigo e leite em pó. Para o diretor do Icone, André Nassar, este é um motivo “mais que suficiente” para o Brasil apostar em objetivos ambiciosos. A notícia é do Valor Econômico.