Com a expectativa de redução no abate de bovinos entre 5% e 10% no próximo ano, a produção de couros brasileiros deverá cair na mesma proporção segundo estimativas do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB). "O mundo quer comprar mais couro, mas se não comem a carne, os curtumes não têm matéria-prima", simplificou o diretor-executivo do CICB, Luiz Bittencourt.
Com a expectativa de redução no abate de bovinos entre 5% e 10% no próximo ano, a produção de couros brasileiros deverá cair na mesma proporção segundo estimativas do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB). “O mundo quer comprar mais couro, mas se não comem a carne, os curtumes não têm matéria-prima”, simplificou o diretor-executivo do CICB, Luiz Bittencourt.
O setor processa, em média, 45 milhões de couros por ano, dos quais exporta 35 milhões. A previsão para este ano é que os embarques cresçam 23% em receita. Até setembro, os embarques cresceram 25% em receita (para US$ 1,62 bilhão), mas recuaram 1% em volume, para 307.622 toneladas. “Já há volume menor devido à redução do abate de bovinos”, comentou Bittencourt.
Do total a ser exportado, ele prevê queda de 8% nos embarques de couro wet blue e aumento de 16% nos embarques de do couro acabado.
Segundo reportagem do Valor Econômico, a expectativa preocupa indústrias de insumos, como a alemã Lanxess. O gerente da unidade de negócios couros da Lanxess, Fábio Bellotti da Fonseca, informou que o mercado de insumos para tratamento de couros terá uma queda em receita de 7% neste ano, para US$ 296 milhões. E em 2008 deve registrar redução próxima de 5%.