O Ministério do Desenvolvimento já tem uma ação pronta para ser adotada como represália às barreiras da Argentina contra a entrada de alimentos importados, que deixaram caminhões brasileiros retidos na fronteira: o retardamento na liberação das licenças não automáticas de importação para produtos argentinos, respeitando o prazo máximo de 60 dias, estabelecido pela OMC.
O Ministério do Desenvolvimento já tem uma ação pronta para ser adotada como represália às barreiras da Argentina contra a entrada de alimentos importados, que deixaram caminhões brasileiros retidos na fronteira: o retardamento na liberação das licenças não automáticas de importação para produtos argentinos, respeitando o prazo máximo de 60 dias, estabelecido pela OMC.
Desde outubro, quando as licenças não automáticas estiveram no centro de uma crise comercial entre os dois países, esse sistema foi adotado para mercadorias como vinhos, lácteos e frutas. No entanto, os presidentes Lula e Cristina Kirchner se acertaram e as licenças começaram a ser expedidas em até uma semana pelo Brasil. Agora, pretende-se atrasar a liberação, para mostrar à Casa Rosada que o país não aceitará as novas restrições a alimentos.
“Em breve receberemos reclamações dos argentinos”, ironizou uma fonte do governo brasileiro. O risco é provocar uma escalada na tensão comercial. Para o Ministério do Desenvolvimento e o Itamaraty, não vale a pena correr esse risco pelo volume de exportações brasileiras afetadas pelas novas barreiras, mas pela forma como a Argentina as adotou, sem comunicação prévia, conforme havia sido acordado entre Lula e Cristina.
Em teoria, o dia D para a aplicação das barreiras a alimentos importados com similares fabricados na Argentina é 1º de junho. Na prática, embora o foco principal sejam produtos europeus, mercadorias brasileiras como milho enlatado e molho de tomate já foram afetadas. Uma das empresas que sentiram o efeito das barreiras foi a Bauducco. Agindo preventivamente e por pressão do secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, que resiste em oficializar a medida, os importadores deixaram de comprar produtos do Brasil e de outros fornecedores.
Depois de forte reação dos parceiros comerciais, Moreno prometeu aos importadores analisar “caso a caso” a importação de alimentos. Na semana passada, Cristina negou a aplicação das medidas. Tudo isso causou mais confusão entre os exportadores brasileiros.
Duas respostas foram, a rigor, praticamente descartadas no curto prazo: levar o caso à OMC ou ao mecanismo de solução de controvérsias do Mercosul. Essa última medida está sendo sugerida pela Fiesp, mas o governo avalia que seriam ações inócuas.
A reportagem é do Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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Governo intinerante e interamericano… O PT com o sr. Lula e “cumpanheiros”, está usando nossos impostos para melhorar a vida dos habitantes dos outros países do Caribe e América do Sul… Além de perdoar dívidas de alguns países do continente, eles (PT) permitem ainda que propriedades de empresas brasileiras nestes países,
sejam invadidas e descaradamente apropriadas por seus governantes “socialistas” de plantão.
Mercosul… somente o Brasil se preocupa em cumprir o acordado, apesar de ser a economia mais forte, seu poder de voto não corresponde a sua importância.
Para os que não cumprem os acordos firmados, olho por olho. A argentina e seus governantes se acham muito espertos, e continuamente quebram os acordos assinados, sempre obtendo vantagens adicionais em novas negociações, e sempre em prejuízo dos interesses do Brasil… O casal argentino, responsável pelos governos atual e anterior, são especialistas na prática de não cumprir acordos.
Já é hora de dar-lhes uma resposta a altura… que seja proibida a entrada de veículos automotores produzidos por eles, se isso não bastar, ir proibindo a entrada de outros produtos, dando prioridade aos de maior volume financeiro… Em seguida entenderão que o assunto é sério, e que acordos são feitos para serem respeitados.
Mas não acredito que algum tipo de retaliação seja feita, nosso governo é fraco na defesa dos interesses dos impostos que pagamos… farão algumas reuniões, e novamente serão “embromados”, aliás como sempre, e novamente os argumentos usados serão o Mercosul, ou o bom relacionamento com o vizinho…
Enfim, continuaremos a parceria, onde entramos com a comida e eles com a boca.
Desanimador…