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Brasil vai vender carne para a Argélia

Até o fim do mês o Brasil poderá iniciar os embarques de carne bovina e de frango à Argélia. A decisão, válida para carne in natura e industrializada, foi tomada a partir da visita de uma missão brasileira àquele país, chefiada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luiz Carlos de Oliveira.

“É uma conquista importante porque representa um passo à frente no nosso programa de diversificação de mercados para as carnes brasileiras”, afirma o ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, que participa, em Nova York, do Fórum Econômico Mundial.

Além de carnes bovina e frango, o Brasil também exportará embriões e animais vivos para o mercado argelino. O país fornecerá ainda tecnologia para abatedouros, máquinas e indústrias de lácteos em geral. “Com isso, alargamos ainda mais a nossa base de clientes”, comemora o secretário-executivo da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Cláudio Martins.

Para este segmento, a Argélia não representa um mercado de grandes volumes. Martins estima uma exportação anual entre 15 mil e 20 mil toneladas, de um total de 1,3 milhão de toneladas que o País enviará ao exterior este ano. Hoje, o principal fornecedor de carne de frango para a Argélia é a França.

“Onde há mercado, estaremos lá”, disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Edivar Queiróz, referindo-se aos preços convidativos praticados naquele país.

As exportações brasileiras de carnes atingiram US$ 2,8 bilhões em 2001 e o ministro Pratini de Moraes prevê uma comercialização internacional de US$ 3,2 bilhões para este ano. O Brasil, disse ele, aumentou as exportações de carnes em cerca de US$ 1 bilhão no ano passado em relação a 2000, mas “o País precisa assegurar a continuidade e a ampliação dessas exportações”.

Além da Argélia o Brasil prosseguirá com as negociações sanitárias bilaterais com outros países, como China e Japão. O governo brasileiro também retomará as negociações com os EUA para a reiniciar as vendas de carne fresca. Os entendimentos com o mercado norte-americano foram interrompidos em virtude da ocorrência da febre aftosa no Rio Grande do Sul. Ainda esta semana, o secretário Luiz Carlos de Oliveira fará, em Washington, o primeiro contato com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos no sentido de reiniciar as negociações.

Outra alternativa para a carne brasileira é o Canadá. Na próxima semana, em Ottawa, Oliveira deverá concluir entendimentos nas áreas sanitárias para exportação de peito de frango para o mercado canadense.

Fonte: Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e Gazeta Mercantil (por Neila Baldi), adaptado por Equipe BeefPoint

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