A população do País está atenta às questões ambientais, mas tem dificuldade de colaborar, especialmente se tiver de gastar - mais de 90% dos brasileiros não estão dispostos a desembolsar mais por produtos ecologicamente corretos, como eletrodomésticos econômicos e alimentos orgânicos. Por outro lado, há disposição para economizar água (63% da população) e energia elétrica (48%) e para deixar de usar sacolas plásticas (40%).
A população do País está atenta às questões ambientais, mas tem dificuldade de colaborar, especialmente se tiver de gastar – mais de 90% dos brasileiros não estão dispostos a desembolsar mais por produtos ecologicamente corretos, como eletrodomésticos econômicos e alimentos orgânicos. Por outro lado, há disposição para economizar água (63% da população) e energia elétrica (48%) e para deixar de usar sacolas plásticas (40%).
São alguns resultados da pesquisa Sustentabilidade: Aqui e Agora, encomendada pelo Ministério do Meio Ambiente e pela rede de supermercados Walmart, que será apresentada hoje em São Paulo. Foram ouvidas 1,1 mi pessoas em 11 capitais. O objetivo do estudo, realizado pela empresa de pesquisas Synovate, é entender os hábitos dos brasileiros em relação a consumo verde e aos problemas ambientais.
Embora 74% das pessoas se digam motivadas a comprar produtos que tenham sido produzidos com menor impacto ambiental, o fator custo é limitante. Segundo a pesquisa, 93% dos entrevistados não estão dispostos a comprar eletrodomésticos mais econômicos se eles custarem mais.
Na alimentação, 91% não aceitam pagar mais por produtos cultivados sem químicos e apenas 27% compraram produtos orgânicos nos últimos 12 meses. E 59% afirmam que a preservação dos recursos naturais deve estar acima das questões relacionadas à economia. “Isso mostra que os brasileiros querem desenvolvimento, mas com atenção às questões ambientais e que é um falso dilema contrapor economia e ecologia”, diz a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Em relação aos resíduos, 53% não separam o lixo entre seco e úmido para encaminhar à reciclagem. Mas nas capitais que investiram em programas estruturados de coleta seletiva, como Curitiba, o porcentual sobe para 82%, o mais alto do País.
Mesmo com a falta de estrutura, o brasileiro está disposto a reciclar mais. Segundo o estudo, 66% dos entrevistados aceitariam separar o lixo. Para 60%, a maior parte dos resíduos é encaminhada para reciclagem pela mão dos catadores. “Os dados deixam claro a importância dos catadores para a coleta seletiva nas cidades, e isso deve ganhar prioridade nas políticas públicas”, aponta a ministra.
Apesar da disposição para dar destino correto ao lixo, ainda falta informação aos brasileiros sobre como descartar certos tipos de resíduo: 70% dos consumidores jogam pilhas e baterias no lixo comum e 39% jogam óleo usado na pia da cozinha.
A pesquisa apontou ainda que é baixo o porcentual de brasileiros dispostos a reduzir os deslocamentos por automóvel particular. Nos últimos 12 meses, 13% buscou reduzir o uso do automóvel no dia a dia. Em São Paulo, esse número sobe para 18%.
A matéria é do jornal O Estado de S.Paulo, resumida pela equipe BeefPoint.
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Ou amarramos muito objetivamente as perguntas feitas em um pesquisa de opinião ou colhemos respostas incongruentes.
Uma grande parcela dos consumidores não estar disposta a pagar mais pelos produtos produzidos com preocupações ambientais e ao mesmo tempo achar que a preservação dos recusros naturais esta acima da economia é uma destas incongruências.
Mas ainda assim a pesquisa demonstra que começa a surgir uma nova consciencia em relação a necessidade de presservação do meio ambiente. O que precisamos agora é de um pouco de racionalidade para conduzir a questão da maneira mais eficiente.
Não sei qual é a confusão. A coisa me parece simples.
A população quer, exige, a preservação do ambiente através de sistemas de produção sustentáveis. Isso é um direito de todos e por isso ninguem concorda ou concordará em pagar mais por isso. É direito, não um luxo!
Aos produtores fica o desafio de desenvolver alternativas de produção sustentáveis ambiental e economicamente. Oferecer produtos sustentáveis, porém mais caros, é modismo e não vai preservar nada no longo prazo.
O consumidor não quer pagar mais …, o governo e outros paises não querem bancar…., é o produtor que paga e banca, com estrasdas ruins, sem porto, enfim, sem infra estrutura, sem apoio nenhum.; e ainda é chamado de bandido…