O Brasil está exportando genética para os países produtores de bovinos. Somente a venda externa de sêmen cresceu 84,2% no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A expectativa é que, no segundo semestre, aumentem ainda mais, pois é temporada de monta do gado e o setor está investindo no marketing internacional. No final do ano passado, empresas de sêmen, embriões e reprodutores bovinos se uniram para exportar, criando a Brazilian Cattle Genetics.
A meta é fechar 2004 com US$ 14,95 milhões exportáveis em genética. Segundo o gerente da Brazilian Cattle Genetics, Gerson Simão, a maior parte deste total é de animais: US$ 13,7 milhões. A projeção é de que a venda de sêmen atinja US$ 300 mil e a de embriões US$ 900 mil. No ano passado, por exemplo, a comercialização de sêmen chegou a US$ 219,4 mil.
Os números podem ser ainda maiores, pois apenas a ABS Pecplan, integrante do consórcio, espera comercializar US$ 500 mil com o exterior no ano fiscal de 2004. São mercados potenciais da genética brasileira, segundo a Brazilian Cattle Genetics, as Américas do Sul e Central, México, EUA, África, Oriente Médio e sudeste asiático.
Uma das formas utilizadas pelo consórcio para a ampliação dos negócios foi a visitação de feiras agropecuárias. No ano passado, o produto brasileiro esteve exposto na Colômbia, Venezuela e Bolívia. Este ano, já esteve no Texas, Egito, China e Angola. Também estão previstos retornos aos países das exposições de 2003 e idas ao Equador e Senegal.
“Pretendemos ampliar nossas ações em 2005 na África, na China e no Oriente Médio”. Simão diz que, além das feiras, são feitos trabalhos de divulgação por meio de palestras e visitas a criadores no exterior. Outra ação é trazer produtores ao Brasil para mostrar as raças, sistemas de produção e empresas.
Segundo o consórcio, as raças gir e girolando têm tido procura grande para a produção de leite e, no caso da carne, o nelore e o tabapuã. Para a exportação são firmados protocolos sanitários com os países alvo, assim que surge a demanda.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Neila Baldi), adaptado por Equipe BeefPoint