Com relação aos reajustes de preços finais dos itens para compensar o efeito do alto custo de produção, Fay disse que estão em linha com o que ele havia falado na ocasião dos resultados do segundo trimestre: aumento médio de 10% em todo o segundo semestre.
Ao contrário do que as empresas de alimentos mais expostas à carne bovina têm dito, o presidente da BRF, José Antonio do Prado Fay, afirmou que a proteína não será concorrente das aves nas comemorações de final de ano. “Primeiro, porque há uma questão cultural de se ter uma ave na ceia de Natal. E outro, porque os preços das aves não estão tão alterados assim como se fala. A tendência para esse final de ano é que a carne bovina suba de preço e as aves fiquem relativamente estáveis. Portanto, não vejo uma migração de aves para bovinos”, declarou o executivo.
Ele também disse que, na verdade, o consumo de carne bovina será maior nesse final de ano, porque tanto o Natal quanto o Ano Novo terão um final de semana antes. No ano passado, os dois eventos ocorreram no final de semana. O carro-chefe da companhia continuará sendo a ave Chester, da Perdigão, que, segundo Fay, vende mais do que o peru, ao mesmo tempo que a ave Supreme, da Sadia, vai compensar a falta do Fiesta, transferido à Marfrig na troca de ativos.
Com relação aos reajustes de preços finais dos itens para compensar o efeito do alto custo de produção, Fay disse que estão em linha com o que ele havia falado na ocasião dos resultados do segundo trimestre: aumento médio de 10% em todo o segundo semestre. Para ele, a inflação dos alimentos é uma realidade global e pode ficar mais evidente se houver mais queda nas próximas safras de grãos.
O presidente da BRF reiterou que a companhia continuará com plano de internacionalização, que pode ser ou via aquisições ou parcerias como as efetuadas até agora (joint venture na China; sócio na Argentina, após a aquisição da Avex, Dánica e Quickfood; parceria com a Federal Foods no Oriente Médio).
No Brasil, Fay disse que por conta das restrições da fusão impostas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – das 60 categorias nas quais a empresa está presente, 14 estão em restrições. Especificamente de lácteos, a BRF quer crescer em queijos e refrigerados e rentabilizar melhor UHT e leite em pó.
Questionado sobre o avanço do Grupo JBS em aves no País, Fay disse que a empresa é “bem-vinda” no setor. “Temos estratégias diferentes das da JBS, principalmente no Brasil. A nossa é de ter marca e distribuição, não trabalhamos nas vendas da commodity. Eles estão aproveitando as oportunidades dentro da estratégia deles e com foco em itens mais básicos, commoditizados”, disse.
O lucro líquido da Brasil Foods caiu 75% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2011, para R$91 milhões, informou a empresa nesta segunda-feira (12).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da companhia, um das maiores empresas de alimentos do Brasil, somou R$565 milhões, queda de 22% na comparação com terceiro trimestre de 2011.
Fonte: Agência Estado, Reuters, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.