O presidente da Brasil Foods, José Antonio do Prado Fay, disse que a indústria brasileira de alimentos precisa ser mais ativa no mercado interno de outros países, a fim de adquirir uma fatia maior do comércio mundial. Ele lembrou que apenas 10% do consumo mundial é comercializado globalmente. Os outros 90% são produzidos pelos próprios países e consumidos internamente.
O presidente da Brasil Foods, José Antonio do Prado Fay, disse que a indústria brasileira de alimentos precisa ser mais ativa no mercado interno de outros países, a fim de adquirir uma fatia maior do comércio mundial. Ele lembrou que apenas 10% do consumo mundial é comercializado globalmente. Os outros 90% são produzidos pelos próprios países e consumidos internamente.
“O Brasil tem a oportunidade de fazer isso neste momento. Se tornar participante do mercado interno dos outros países. Com isso, consegue-se reduzir barreiras comerciais, políticas. E passa a participar de 90% de mercados dos quais o Brasil não participa como exportador. Essa é a estratégia central da Brasil Foods e processarmos fora do País também”, afirmou depois de participar de seminário no 10º Congresso Brasileiro do Agronegócio, que está sendo realizado em São Paulo.
A BRF processa alimentos a partir de duas plantas, na Holanda e Inglaterra, locais onde tem planos de expansão. A companhia exporta 40% do que produz. Segundo Fay, Oriente Médio, América Latina e Ásia são regiões-alvo, onde a empresa pode operar a partir dos mercados locais. “A ideia é usar a matéria-prima semiprocessada e fazer o acabamento no local. Assim, consegue-se fazer o atendimento do consumidor daquele mercado interno. Na Ásia, por exemplo, há uma série de temperos aos quais você não tem acesso no Brasil. Tem que terminar o produto lá”. Segundo ele, este é um bom momento para expansão ao exterior. “Costumo dizer que se está ruim para vender (no exterior), está bom para comprar”.
Crise
Fay não vê uma contração importante na demanda mundial de alimentos por causa da crise econômico-financeira internacional, mas afirmou que a volatilidade dos mercados preocupa. “A volatilidade tem um custo, especialmente para setores de ciclo longo como é o caso da agroindústria”.
A matéria é de Ana Conceição, publicada na Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.