Mercado Físico da Vaca – 10/12/09
10 de dezembro de 2009
Mercados Futuros – 11/12/09
14 de dezembro de 2009

BRF prevê investimentos abaixo de R$ 1 bi em 2010

O presidente executivo da BRF-Brasil Foods, José Antonio do Prado Fay, disse ontem (10) que os investimentos da companhia devem ficar abaixo de R$ 1 bilhão em 2010, considerando também os aportes da Sadia. Este ano, BRF e Sadia devem investir, juntas, cerca de R$ 800 milhões em ativos permanentes e aproximadamente R$ 370 milhões em matrizes, totalizando R$ 1,17 bilhão.

O presidente executivo da BRF-Brasil Foods, José Antonio do Prado Fay, disse ontem (10) que os investimentos da companhia devem ficar abaixo de R$ 1 bilhão em 2010, considerando também os aportes da Sadia. Este ano, BRF e Sadia devem investir, juntas, cerca de R$ 800 milhões em ativos permanentes e aproximadamente R$ 370 milhões em matrizes, totalizando R$ 1,17 bilhão.

“Em 2010, devemos ficar ligeiramente abaixo disso. De 2011 para frente, é difícil dizer, pois ainda não temos total visibilidade de como a companhia ficará após a integração das operações”, afirmou o executivo, durante encontro com analistas e investidores promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais em São Paulo (Apimec-SP).

Segundo Fay, nos próximos dois anos o foco da BRF será a captura de sinergias geradas a partir da união com a Sadia. “No próximo ano, devemos preparar o nosso plano de investimento até 2015. E ele vai depender muito da nossa decisão de aquisição fora do Brasil”, adiantou Fay. Após a fase de captura de sinergias, a prioridade da BRF será a expansão no mercado externo, que pode ocorrer tanto por meio de compras como por crescimento orgânico.

Fay lembrou que a Sadia e a antiga Perdigão vinham, nos últimos anos, em um ritmo acelerado de investimentos, inclusive com a construção de novas fábricas. A Sadia construiu uma unidade em Vitória de Santo Antão (PE) e a Perdigão construiu unidades em Rio Verde (GO) e Bom Conselho (PE).

Câmbio

A BRF trabalha com a expectativa de câmbio estável, ao redor de R$ 1,70, para o próximo ano. A informação foi dada pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Leopoldo Saboya. Apesar de admitir que o País está atraindo investimento externo, o que pode levar à continuidade do movimento de desvalorização do dólar em relação ao real, o executivo afirmou que o governo está tomando medidas para evitar uma apreciação ainda maior da moeda brasileira. “Não vemos a necessidade de sair vendendo dólar (no mercado futuro) para travar uma taxa e proteger nossas exportações”, afirmou.

Segundo ele, a companhia deve continuar em 2010 com uma exposição pequena a operações de hedge (proteção) cambial, apenas para cobrir um pequeno período de exportação. A BRF encerrou o terceiro trimestre do ano com uma exposição cambial de aproximadamente R$ 1 bilhão, o equivalente a menos de três meses de exportação.

Para Saboya, o que ameaça a competitividade brasileira é a rapidez com que as mudanças no câmbio ocorrem. Em sua avaliação, os exportadores brasileiros têm condições de se adequar ao novo cenário. “A competitividade brasileira não está lastreada no nível do câmbio”, defendeu o executivo.

Cade

O presidente executivo da BRF também informou que a companhia apresentou mais dois pedidos de flexibilização do Acordo de Preservação da Reversibilidade das Operações (Aro) assinado com a Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), após o anúncio da fusão com a Sadia. “Fechamos com o Cade um acordo que era bastante restritivo. Tentamos agora obter algum tipo de flexibilidade no que foi acordado”, disse.

A BRF já havia obtido no Cade uma resposta favorável ao primeiro pedido de flexibilização apresentado, que se referia à atuação das empresas no mercado externo. O órgão antitruste autorizou que a Sadia e a BRF operem conjuntamente no exterior.

Fay não quis adiantar qual tipo de flexibilização está sendo solicitada desta vez, revelando apenas que se trata de sua atuação doméstica. Segundo ele, esses dois pleitos foram apresentados este mês e a companhia tem uma boa expectativa em relação à sua aprovação. “É possível que haja uma resposta até o fim do ano”, disse. O presidente da BRF reafirmou a previsão de que o julgamento final da fusão com a Sadia ocorra no primeiro semestre de 2010.

As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

Os comentários estão encerrados.