Burger King quer ter 50 lojas em São Paulo

Dizer que o Brasil não é um bom mercado para o fast food – pelo insucesso de algumas redes internacionais que estiveram por aqui e acabaram indo embora – é uma inverdade. Pelo menos é o que pensa a Burger King Corporation, mundialmente a grande concorrente da McDonad’s.

Apesar de ter demorado para vir grelhar seus hambúrgueres no País – a empresa encontra-se em fase de plena comemoração. “Vamos ser a maior rede de fast food do Brasil”, desafia Luiz Eduardo Batalha, da BGK, franqueada para todo o Estado de São Paulo.

Segundo Afonso Braga, gerente de marketing da gigante americana, o Brasil já é considerado um dos principais mercados para a rede. Por aqui, foram batidos alguns recordes, como maior número de pessoas na loja num único dia (4 mil).

“Brasil e China são os principais mercados, em termos de potencial futuro para a Burger King Corporation. Com a diferença que na China ainda nem abrimos nossa primeira loja, estamos analisando o mercado”, afirma o gerente de marketing da companhia, Afonso Braga.

Segundo Braga, “antes de chegar ao Brasil a empresa via este mercado com bons olhos. Agora, vê com excelentes olhos”. Tudo isso, claro, é justificável com números de cair no paladar de qualquer grande empresa.

No dia 18 de dezembro do ano passado, por exemplo, a loja do Shopping Ibirapuera registrou a passagem de 4 mil clientes, a maior marca, no mundo, numa loja da Burger King localizada em uma praça de alimentação.

Ainda neste semestre, a Burguer King e a BGK, a franqueada para o Estado de São Paulo, irão inaugurar mais dois pontos-de-venda em São Paulo, uma loja no Shopping Villa Lobos e outra na esquina da avenidas Santo Amaro com a Hélio Pellegrino, zona sul e ponto nobre na capital paulista, em razão do movimento.

Será um megaprojeto (1,4 mil metros quadrados), o maior restaurante da rede até então. Mas, vale ressaltar, o planejamento da BGK é ter 50 unidades, somente no Estado de São Paulo, dentro dos próximos cinco anos. “Ainda somos pequenos, comparando com a concorrência, mas vamos continuar crescendo”, avisa Luiz Eduardo Batalha, do consórcio BGK.

A exemplo do que acontece no restante do mundo, o sanduíche Whopper é também o mais vendido no Brasil e acaba de ser o foco de uma campanha publicitária, assinada pela MPM, agência da Burger King no Brasil. Batalha afirma que sempre teve interesse em trazer a rede, sonho que demorou a se concretizar.

“O importante não é disfarçar com saladinhas e sucos, o que também temos para os clientes. É preciso assumir que vende fast food”, comenta Luiz Eduardo Batalha, referindo-se à concorrência.

Hoje, segundo o gerente de marketing, os clientes do Burger King são consumidores que já provaram o hambúrguer da empresa fora do País. “Com a propaganda, deveremos pulverizar o conhecimento. Ou seja, fazer com que aqueles que nunca ouviram falar da marca a conheçam e venham comer no Burger King”, diz Braga. Mesmo com um target bem amplo, Braga completa ao informar que o jovem foi o foco das primeiras ações publicitárias da companhia, que divide os gastos de marketing com o franqueado, por enquanto somente a BGK.

Braga lembra que três fatores analisados antes de chegar ao Brasil estão se confirmando favoráveis: bom cenário da economia, produto aprovado pelo gosto brasileiro e a parceria de sucesso com a BGK. Sobre o “índice de nacionalização” do que se vende, Braga conta que os anéis de cebola, a batata frita e a carne são importadas. “Nosso slogan, ‘A gente faz do seu jeito’, prova nosso diferencial”.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint