Depois de se reunir com o primeiro ministro canadense Paul Martin na Casa Branca na última sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos George W. Bush disse que o país reabrirá sua fronteira para bovinos vivos do Canadá “o mais rápido possível”.
“Está nos interesses de nossas nações que os bovinos sejam comercializados. Também está em nossos interesses que tomemos decisões baseadas em ciência”, disse Bush.
Os comentários de Bush mostram uma crítica imediata ao Fundo de Ação Legal de Produtores Rurais e Pecuaristas (Ranchers-Cattlemen Action Legal Fund – R-CALF), que está lutando contra a decisão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de permitir a entrada de carne bovina e de bovinos do Canadá no país. A vaca de Washington registrada com encefalopatia espongiforme bovina (EEB) em dezembro passado tinha origem canadense e os oficiais do R-CALF argumentaram que a permissão para a carne e os bovinos canadenses nos EUA coloca os norte-americanos em risco.
Estes argumentos geraram discussões entre alguns líderes da indústria, que disseram que a real motivação da organização em manter a fronteira dos EUA fechada é manter os preços dos bovinos artificialmente altos nos EUA. Porém, o presidente do R-CALF, Bill Bullard, disse que se o USDA restaurar rapidamente e de forma integral o comércio de carne bovina e de bovinos com o Canadá, a reputação e a integridade dos produtores dos EUA serão prejudicadas.
“A questão é que os consumidores dos EUA precisam estar confiantes de que a carne bovina que eles compram no supermercado ou no restaurante é segura com relação a EEB. Se o governo dos EUA reduzir os padrões de segurança para permitir a retomada das importações do Canadá, criará riscos desnecessários para os consumidores norte-americanos” afirmou Bullard.
Fonte: MeatingPlace.com (Daniel Yovich), adaptado por Equipe BeefPoint