O texto "Diga não a identificação – relato de um produtor contra a rastreabilidade obrigatória no RS", escrito por Pedro Pires Piffero e publicado no BeefPoint, gerou uma discussão sobre rastreabilidade no Twitter. Confira abaixo a conversa entre Humberto Tavares, Roberto Barcellos, Walter Magalhães Jr. e Pedro E. de Felício.
O texto Diga não a identificação – relato de um produtor contra a rastreabilidade obrigatória no RS, escrito por Pedro Pires Piffero e publicado no BeefPoint, gerou uma discussão sobre rastreabilidade no Twitter.
Confira abaixo a conversa entre Humberto Tavares, Roberto Barcellos, Walter Magalhães Jr. e Pedro E. de Felício.
Apoiado! http://t.co/xNnI26tP2E
— Humberto Tavares (@fazsucuri) July 17, 2013
“@fazsucuri: Apoiado! http://t.co/59lxZNX0sJ”//discordo, se o produtor soubesse da importância que o consumidor dá ao tema, repensaria!!!!! — Roberto Barcellos (@RRBarcellos) July 17, 2013
@RRBarcellos @fazsucuri TODO o gado brasileiro legalmente abatido é rastreado. Precisamos acabar com o complexo de vira-latas. — Humberto Tavares (@fazsucuri) July 17, 2013
@fazsucuri @RRBarcellos Concordo plenamente com esta atitude positiva, Humberto.
— Walter Magalhaes Jr (@caicara_juti) July 17, 2013
@caicara_juti @fazsucuri respeito muito a opinião dos srs, mas continuo discordando, minha concepção de rastreabilidade é outra
— Roberto Barcellos (@RRBarcellos) July 17, 2013
@RRBarcellos @caicara_juti Se hoje frig quiser, pode informar: fazenda de origem, raça, data abate, sexo, idade, castr ou nao, peso carcaça. — Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos @caicara_juti Se eu fornecer rês com BSE, res. de ivermectina, anabolizante, cisticerco vivo, o frigorifico me localiza e pune. — Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos @caicara_juti Isso é trace-back, é a garantia que interessa ao comprador de carne. Fazemos isso há décadas.
— Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos @caicara_juti Graças a nossa herança ibérica, somos doutores em papelada. EUA não tem nada igual, e vai improvisar.
— Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos @caicara_juti E o que é melhor: Sem brinco, sem certificadora, no-nonsense. Chega de se submeter ao inimigo comercial. — Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@fazsucuri @RRBarcellos @caicara_juti – Poder pode, frigo sifado, terá que usar a sequência de abate nos cortes, mas (cont.) — Pedro E. de Felicio (@pedrodefelicio) July 18, 2013
@fazsucuri @RRBarcellos @caicara_juti Só será possível reconstituir o caminho até a última fazenda, a que vendeu p/ abate, não rastreia
— Pedro E. de Felicio (@pedrodefelicio) July 18, 2013
@RRBarcellos Aqui ou na Cochinchina, animal assintomático portador de BSE entra na cadeia de consumo, QUER TENHA BRINCO OU NÃO.
— Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos Em abate com inspeção, animal com sintoma de BSE não entra na cadeia de consumo, quer tenha brinco ou não. — Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos Dizer que a rastreabilidade é para proteger o consumidor é, portanto, tolice ou engodo. — Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos @caicara_juti Se o consumidor quiser segurança, consuma carne do Mercosul (risco zero) ou dos EUA/Australia (risco irrisório).
— Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos @caicara_juti Agora distantes do calor da hora, vemos que a rastreabilidade na UE foi manobra clássica de diversionismo.
— Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos @caicara_juti Alguma semelhança com as táticas diversionistas dos marketeiros de Brasília nos dias recentes? — Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos @caicara_juti Nos anos 60, saíram os primeiros relatórios ligando categoricamente tabagismo e cancer. — Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
@RRBarcellos @caicara_juti Quem assistiu ao genial Mad Men, viu na primeira temporada como os marketeiros americanos enfrentaram o problema.
— Humberto Tavares (@fazsucuri) July 18, 2013
Atualizado – 29 de julho de 2013:
@pedrodefelicio @fazsucuri @RRBarcellos @caicara_juti Claro que rastreia, pois a origem na fazenda de recria é rastreável via GTA.
— Roberto Mesquita (@projetofm) July 19, 2013
@projetofm Qiamdo v. mistura gado de compra e leva para o abate, se a carne der problema lá no supermercado, v. não tem como saber a origem
— Pedro E. de Felicio (@pedrodefelicio) July 19, 2013
@pedrodefelicio A origem é sempre o terminador que não mistura gado de compra pois o acabamento do boi é sempre em lote de engorda (cont)
— Roberto Mesquita (@projetofm) July 19, 2013
@projetofm – O Sr. Está certo, mas está pensando em quarentena na engorda. Pode ser, mas precisa de ID individual p/ UE, não tem alternativa
— Pedro E. de Felicio (@pedrodefelicio) July 19, 2013
@pedrodefelicio Professor, é isso que precisamos mudar, fazer da GTA a ID por lote. Simples, funcional e agora em midia digital.
— Roberto Mesquita (@projetofm) July 19, 2013
@projetofm – Pode ser muito bom, mas tem que convencer a UE em Bruxelas. Quem fará isso se em 10 anos nada melhorou pra nós nesse particular
— Pedro E. de Felicio (@pedrodefelicio) July 19, 2013
@pedrodefelicio Na UE a rastreabilidade é via lote. A ID individual do SISBOV nunca será rastreável. É exigência real ou reserva de mercado?
— Roberto Mesquita (@projetofm) July 26, 2013
E você, leitor BeefPoint, qual sua opinião? Escreva nos comentários!
5 Comments
Faltou meu comentário feito em sequência àquele em que eu disse que a rastreabilidade na UE foi manobra diversionista:
Não podiam dizer “nossa carne é segura”. Marketeiros criaram e mandaram repetir mantra “nossa carne é rastreada”.
Rastreabilidade ou qualquer outro termo, não importa.
O certo é informar o consumidor, sobre o que ele esta comprando.
A escolha do consumidor faz a diferença.
Quem pode compra Mercedez, não se arrepende.
Esta identidade de processo e origem valoriza o PRODUTO e o PRODUTOR.
A GTA e a NF deve acompanhar o produto até as mãos de CONSUMIDOR.
Projetos de produção com Tecnologia para Alta Qualidade de CARNE e COURO.
O consumidor vai amar. Ele manda, Ele compra e paga a CARNE satisfeito.
No mais é conversa.
Vamos FAZER.
Considerações sobre o dialogo:
1)- Alguns consumidores levados por marketing ou moda pagam bem mais em uma picanha que fazia compania de 16 digitos em um brinco quando estes ainda pastoreavam o territorio nacional.
2)-Lógico que a indústria pode informar muito para o consumidor.Mas enquanto ninguem exige não vai fazê-lo.
3)-Para efeito de segurança alimentar realmente os 16 digitos oficiais fazem pouco sentido, a não ser como forma de tentativa de punição a um produtor dasavisado.
90% do beneficio da identificação individual de animais é dentro da porteira, como forma de medir a produção, de identificar erros a tempo de não mudar de atividade, como uma GRANDE FERRAMENTA DE GESTÃO.
Porem esta ferramenta de gestão só é eficiente se vier em conjunto com um bom CAPITAL HUMANO, fato que raramente ocorre simultaneamente.
10 anos de SISBOV provaram que : a rastreabilidade deve ser voluntaria!
Exegibilidade deveria ser no sentido da INDÚSTRIA e do VAREJO repassar todas informações a que tem acesso ao CONSUMIDOR.Isto é mais lógico, mais barato e muito mais eficiente pensando em segurança alimentar.
Os governos devem sim gastar dinheiro com rastreabilidade mas promovendo e difundindo os beneficios desta grande tecnologia para a produção.Como as campanhas de aleitamento materno!
Se agrega valor ao produtor sou favorável a Rastreabilidade.
Senhores!
O assunto é polêmico, o que temos no Brasil é uma rastreabilidade projetada pelo governo e indústria com um modelo muito além do que é exigido pelo mercado, que em certo momento procurou-se fazer obrigatória e não deu certo. A maioria dos produtores não é contra a rastreabilidade ele é contra a obrigatoriedade, a rastreabilidade é para quem pode e não para quem quer, quem deve saber se quer identificar os animais é o produtor tendo como objetivo controle, o mercado quer saber a origem e isto com a identificação das propriedades e GTA nós já temos documentado o trânsito dos animais e a origem, acredito que já seja uma rastreabilidade. O que podemos fazer e reforçar este trabalho mas nunca na base de obrigação e sim na cumplicidade dos envolvidos.