Segundo o gerente-geral da Praterra Agropecuária, Caio Arroyo Barbosa, alguns confinadores chegaram a conseguir de R$ 8 a R$ 12 a mais por arroba de animais rastreados, mas hoje, em Mato Grosso, esse prêmio varia entre R$ 2 e R$ 3 a mais por arroba. "O pecuarista só vai investir na adesão ao Sisbov se esse valor voltar ao nível anterior, de R$ 8 a R$ 10 a mais por arroba. Porque quem não faz conta não sobrevive na pecuária", diz Barbosa.
Segundo o gerente-geral da Praterra Agropecuária, Caio Arroyo Barbosa, alguns confinadores chegaram a conseguir de R$ 8 a R$ 12 a mais por arroba de animais rastreados, mas hoje, em Mato Grosso, esse prêmio varia entre R$ 2 e R$ 3 a mais por arroba. “O pecuarista só vai investir na adesão ao Sisbov se esse valor voltar ao nível anterior, de R$ 8 a R$ 10 a mais por arroba. Porque quem não faz conta não sobrevive na pecuária”, diz Barbosa. A Praterra possui, em Rosário Oeste e Ribeirão Cascalheira (MT), rebanho de 11.500 animais e está habilitada para exportar para a União Europeia desde o fim do ano passado.
“Foram dois anos até sermos aprovados. Achamos que por já adotar um controle individual do rebanho como parte da gestão da fazenda o processo seria mais rápido. Mas nos enganamos; a burocracia é grande e o processo, lento. Há muitas mudanças e o produtor fica perdido, com receio de investir em algo que pode mudar a qualquer momento”, explica Barbosa. Na Praterra, os principais investimentos foram na informatização da fazenda e na capacitação de mão de obra.
Para Barbosa, o sistema anterior era muito rigoroso. “Um erro de digitação de um número de um animal fazia um lote inteiro ser rejeitado na indústria. A identificação coletiva pode simplificar o processo.”
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Esse foco que temos que descutir “PREMIO”, o estado deveria dar um incentivo fiscal ou algo que garanta o premio para o produtor.
A questão de identificação coletiva, nós aproveitamos a numeração dos brincos para ter controles de manejo, e isso foi um ganho no controle da propriedade.
Sobre a desclassificação por erro de um animal, acredito que teria que ser levado em conta se o animal tem evidencias que está apto, se tiver não deverir desclassificar o lote.
Concordo com o Sr. Caio da Praterra Agropecuária, se não existir um ganho razoável por todo o controle e as exigências do Sisbov, o investimento em rastreabilidade não se justifica. Mas devemos nos lembrar de que o diferencial obtido pelo Boi Rastreado Europa, depende de uma série de fatores, citando como exemplo a sazonalidade, o dólar e a oferta.
O cenário do mercado atual é bom, pois temos hoje um diferencial de R$ 4,00/@, e o dólar está se firmando acima de R$ 1,80, garantindo assim a margem dos contratos com o mercado importador. Se compararmos janeiro de 2009 com janeiro de 2010, podemos lembrar que nesse mesmo mês no ano anterior, não havia diferencial algum, pois nessa época paralisam todos os fechamentos de contratos principalmente com a UE (importador dos principais cortes traseiros) e Rússia (comprador dos cortes dianteiros). E mesmo assim, em 2009 registramos diferencial obtidos de até R$ 10,00/@, portanto consideramos o cenário atual do mercado do boi Rastreado Europa, bom.
Outra coisa que devemos nos lembrar, é que a lei mais antiga e universal do mercado é a “Lei da oferta e da procura”. Embora saibamos que o setor frigorífico esteja cada vez mais nas mãos de poucos, e que o poder de organização dessas empresas estejam cada vez maior, para não falar em cartel, é claro de se notar que o aumento expressivo e rápido do número de propriedades habilitadas a exportar, deverá fazer com que o diferencial obtido pelo boi rastreado, deva diminuir ou até mesmo acabar.
Para falarmos de números de propriedades habilitadas para exportar, e fazermos uma analise maior, devemos explicar que nesses oito anos de Sisbov, existiram 4 tipos de sistemas: o antigo sisbov, o sisbov, o novo sisbov e agora querem implantar o novíssimo sisbov. Antes do novo sisbov que atualmente está em vigor (IN 17), haviam 15.000 propriedades habilitadas para exportar, e naquela época me lembro e tenho registrado que o diferencial estava em R$ 2,00/@, ou seja, proporcionalmente se formos questionar, quanto deveria ser o valor pago atualmente para aproximadamente 1.817 ERAS habilitados? E a conta inversa, partindo do valor atual pago, quanto será o valor pago para 15.000 ERAS?
Para concluir, antes que o novíssimo sisbov seja implantado, a IN 65 proposta deveria ser amplamente discutida com toda a cadeia produtiva e principalmente com os produtores que atualmente estão habilitados na Lista Traces. Prêmios obtidos como no ano de 2008 e 2009, com a publicação da nova IN 65 poderão deixar de existir, pois o maior interessado em ampliar o número de propriedades, é a indústria frigorífica. Flexibilizar demasiadamente as regras do sisbov, significará para a UE a banalização do sistema sisbov, ocasionada pelo aumento abrupto e expressivo do número de propriedades, algumas sem as condições mínimas exigidas, conflitos de interesses ocasionados agentes certificadores e etc.
Para responder também ao Sr. Jonas de Água Boa-MT, sobre a questão da desclassificação de todo o lote por causa de um animal. Nós já podemos contar com o Ofício Circular No 01/2010/CGPE/DIPOA, que diz respeito aos Procedimentos relacionados à verificação da elegibilidade de animais destinados à produção de carne bovina “in natura” para a UE. Esse ofício foi muito solicitado e esperado por produtores e certificadoras envolvidos no sistema, já está em pleno vigor, e vem para tirar as dúvidas e acabar com as atrocidades ocorridas nos anos anteriores dentro da indústria, com relação a desclassificação de lotes.
Todos os produtores deveriam ter em mãos o tal ofício, que poderá ser encontrado no site do Mapa (www.agricultura.gov.br), na sua certificadora, em algum frigorífico que tenha SIF (Serviço de Inspeção Federal), ou envie um email solicitando para marcio@pantanalcertificadora.com.br.
Boa semana!
Hoje Eu me classifico como um Auditor do SISBOV com todas as caracteristicas de quem está sendo Auditado. Simplesmente acontece tudo isto que foi relatado anteriormente. Mas com toda ESTA GARRA de Brasileiros ,que tudo funciona como queremos que possa acontecer,sempre com as modificações o mais provável do normal,torçamos!!!!!!!! -Vai esta UE nesta visita ver que ainda somos a melhor opção para sua compra de carne pelo,(infelizmente)melhor preço do mundo e a MELHOR CARNE DO MUNDO. Que NUNCA nos esqueçamos que a VIDRAÇA DO MERCADO DE ALIMENTOS NO MUNDO TODO É O BRASIL,e isto nos leva a sermos AQUELES A QUEM “jogam pedras ”
Faço das palavras ditas ateriormente, minhas palavras, não podemos mudar as regras amplamente discutidas e aceitas pelo nosso pais, assim do dia para noite através de inumeras intruções normativas.
O correto e ouvir o importador em suas exigencias, e juntamente com cadeia produtiva , discuti-las de forma que possamos atende-las e cumpri-las, o que não podemos e ser considerados, como um pais em que suas instuições não cumpre o combinado/acertado. O Sisbov precisa apenas de ajustes em sua operacionalidade, para facilitar a vida do produtor. Não pode ser criado um sistema inoperante, temos que tomar cuidado para não perder mercados, ou até mesmo sermos embargados novamente, ai é piada…
bato nesta tecla a anos sem premio blablau sisbov, mas acho que somos mesmo da mesmice, sempre queremos inventar. e do jeito que esta tenho certesa que tdu vai por agua a baixo quero ver qual pecuarista irá fazer graça para europeu. se ja nem tem lucro aqui dentro e sem premio pra exportar será que tem louco pra rasgar dinheiro. mas caro caio não vejo no momento nenhuma alaternativa pro produtor voltar a ter o premio de quando começou, a mafia esta ai eles não depende mas de bois de pecuaristas estão confinando os proprios animais e assim vão judiar mesmo dos pecuaristas. na verdade esse sisbov foi o maior blefe do mapa. deviam colocar a viola no saco e sairem de fininho e deixar pra iniciativa privada, o que será das certificadoras e dos profissionais que investiram no sistema, pede pro secretario dar uma resposta.